Contextualização
Introdução
A Cartografia é uma disciplina que abrange a criação, a produção, a difusão, o uso e o estudo dos mapas. Ela desempenha um papel crucial na compreensão do mundo à nossa volta, pois fornece as ferramentas necessárias para interpretar a organização espacial de fenômenos físicos e humanos. Neste projeto, iremos nos concentrar em três conceitos fundamentais da cartografia: escala, projeção e geotecnologia.
A Escala é uma relação matemática entre o tamanho real de um objeto ou lugar e o tamanho que ele aparece no mapa. Usar uma escala precisa é fundamental para representar a realidade de maneira justa e correta. Por exemplo, a escala pode nos ajudar a entender a distância entre dois pontos em um mapa.
A Projeção é um método para representar a superfície curva da Terra em uma superfície plana, como um mapa. As projeções podem manter a área, a distância, a forma ou a direção corretas, mas não todas ao mesmo tempo. A escolha da projeção é crucial para como percebemos a Terra.
A Geotecnologia refere-se ao uso da tecnologia para coletar e analisar informações geográficas. A Geotecnologia inclui o Sistema de Posicionamento Global (GPS), a fotografia aérea, a teledetecção e os Sistemas de Informação Geográfica (SIG), que são ferramentas poderosas para a análise espacial.
Contextualização
A cartografia está intrinsecamente ligada à nossa vida cotidiana. Navegamos pelo mundo usando mapas digitais, analisamos padrões de desmatamento com imagens de satélite, planejamos cidades com a ajuda de SIG e usamos GPS para rastrear nossas corridas matinais. Por conta disso, entender a cartografia pode ampliar nossa percepção do mundo e nos equipar com as ferramentas necessárias para tomar decisões informadas.
A escala, a projeção e a geotecnologia estão fortemente presentes na geopolítica. As decisões sobre quais projeções usar podem impactar como vemos o mundo e podem até mesmo ter implicações políticas. A escala pode afetar a forma como interpretamos os dados e pode distorcer a nossa compreensão de certos fenômenos. A geotecnologia, com sua capacidade de coletar e analisar dados geoespaciais, tem o potencial de influenciar políticas públicas e a administração de recursos naturais.
Atividade Prática: "O Mundo na Ponta dos Dedos"
Título da Atividade: O Mundo na Ponta dos Dedos
Objetivo do Projeto:
Este projeto tem como objetivo proporcionar aos alunos uma compreensão aprofundada da escala, projeção cartográfica e geotecnologia, permitindo que eles experimentem esses conceitos de primeira mão.
Descrição do Projeto:
Neste projeto, os grupos de alunos irão elaborar um mapa mundi manualmente, utilizando os conhecimentos adquiridos sobre escala e projeção. Para isso, os grupos deverão escolher uma projeção cartográfica para criar a representação do mundo, precisando pesquisar sobre as vantagens, desvantagens e distorções causadas pela projeção escolhida. Além disso, os alunos precisarão definir e aplicar uma escala ao seu mapa, para que as dimensões representadas sejam proporcionais.
Em paralelo, cada grupo deverá utilizar uma ferramenta de geotecnologia (como o Google Earth ou algum aplicativo de SIG disponível gratuitamente) para comparar o mapa gerado manualmente com a representação digital do mundo e perceber as similaridades e diferenças.
Materiais Necessários:
- Papel Cartão (tamanho A1)
- Canetas coloridas ou lápis de cor
- Régua
- Computador com acesso à internet
- Software de Geotecnologia (Sugestão: Google Earth ou QGIS)
Passo a Passo:
1. Divida a classe em grupos de 3 a 5 alunos.
2. Cada grupo deverá escolher uma projeção cartográfica para realizar seu trabalho, realizando uma pesquisa sobre esta projeção e as implicações de sua escolha.
3. A seguir, os grupos devem definir uma escala para o seu mapa, garantindo que as dimensões representadas no mapa sejam proporcionais.
4. Os alunos devem, então, desenhar o mapa mundi no papel cartão, seguindo a projeção e a escala escolhidas. Nesta etapa, os alunos devem representar os principais elementos geográficos do mundo, como continentes, oceanos, principais rios e montanhas.
5. Paralelamente, cada grupo utilizará uma ferramenta de geotecnologia para visualizar o mapa mundi, fazendo uma comparação entre a representação manual e a digital.
6. No final do projeto, cada grupo deve elaborar um relatório escrito contendo os seguintes tópicos:
- Introdução: Contextualizar o tema, sua relevância e aplicação no mundo real, bem como o objetivo deste projeto.
- Desenvolvimento: Explicar a teoria por trás da escala e da projeção escolhida, detalhar o processo de criação do mapa, demonstrar o uso da ferramenta de geotecnologia e por fim apresentar e discutir os resultados obtidos.
- Conclusão: Retomar os pontos principais do trabalho, explicitar os aprendizados obtidos e as conclusões retiradas sobre o projeto.
- Bibliografia: Indicar as fontes em que se basearam para trabalhar no projeto como livros, páginas da web, vídeos, etc.
Este relatório deve complementar o trabalho prático realizado, pois nele os alunos terão a oportunidade de explicar suas escolhas (de projeção e escala), discutir as dificuldades encontradas, como foram superadas e, finalmente, apresentar uma análise comparativa entre a representação manual e a digital.
Tempo de execução: Este projeto deve ser realizado ao longo de uma semana, com uma estimativa de 2 a 4 horas de trabalho para cada aluno.
Entrega: O mapa físico e o relatório digitado serão as principais entregas do projeto. O relatório deve ser submetido em formato digital e o mapa físico deve ser apresentado na sala de aula.
Conexão entre as atividades práticas e as entregas do Projeto:
O processo de elaboração do mapa e a utilização da ferramenta de geotecnologia proporcionará aos alunos uma vivência prática dos conceitos de escala, projeção e geotecnologia. Já o relatório permitirá que eles expressem suas escolhas, reflexões e conclusões, consolidando o aprendizado. Os dois elementos juntos, prática e escrita, compõem um projeto completo onde os alunos têm a oportunidade de "aprender fazendo" e de pensar criticamente sobre o que fizeram.