Objetivos (5 - 7 minutos)
- Compreender o conceito de injustiça e preconceito, relacionando-os com situações do cotidiano e a importância de respeitar a diversidade.
- Vivenciar a expressão corporal através da dança, utilizando movimentos simples, criativos e significativos para representar o combate à injustiça e ao preconceito.
- Desenvolver habilidades de cooperação e respeito mútuo através da realização de uma dança em grupo, onde cada aluno terá um papel importante na construção e execução da coreografia.
Introdução (10 - 12 minutos)
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Relembrando Conteúdos: O professor inicia a aula relembrando os alunos sobre o que é uma dança e quais são os diferentes tipos de danças que eles já aprenderam na escola. Ele pode pedir para que os alunos levantem e demonstrem alguns dos movimentos que eles lembram de diferentes danças.
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Situação Problema: O professor, então, apresenta duas situações problemas que irão envolver os alunos na temática da aula. A primeira situação pode ser a seguinte: "Imaginem que vocês estão em uma festa e todos estão dançando, mas uma pessoa é excluída porque os outros acham que ela não dança bem. Isso é justo ou injusto? Por quê?". A segunda situação pode ser: "E se, na mesma festa, alguém for excluído porque tem uma cor de pele diferente, ou por ser menino e estar dançando uma dança que geralmente meninas dançam, isso seria justo ou injusto? Por quê?".
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Contextualização: O professor, então, explica que a dança, além de ser uma atividade física divertida, também pode ser usada para expressar sentimentos e ideias. Ele pode citar exemplos de danças que foram criadas para protestar contra a injustiça e o preconceito, como o break dance que surgiu nas comunidades negras de Nova York na década de 1970, ou as danças indígenas que são uma forma de resistência e preservação da cultura indígena.
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Ganhar a Atenção: Para despertar o interesse dos alunos, o professor pode apresentar um curto vídeo ou trecho de um vídeo que mostre uma dança que representa a luta contra a injustiça e o preconceito. Ele pode, então, perguntar aos alunos o que eles acharam da dança e como eles acham que podem usar a dança para expressar seus sentimentos sobre a injustiça e o preconceito.
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Introdução ao Tópico: Por fim, o professor introduz o tópico da aula: "Hoje, vamos aprender a usar a dança para expressar nossos sentimentos sobre a injustiça e o preconceito. Vamos criar nossa própria dança, onde cada um de nós terá um papel importante, e juntos, vamos mostrar que todos somos iguais e merecemos respeito, independentemente de como dançamos, de nossa cor de pele, de nosso gênero ou de qualquer outra diferença que possamos ter".
Desenvolvimento (20 - 25 minutos)
Aqui são sugeridas três atividades práticas, dentre as quais o professor pode escolher a que melhor se adequar à turma e ao tempo disponível. Cada atividade foi cuidadosamente elaborada para permitir que os alunos explorem o tema, desenvolvam suas habilidades motoras e expressem sua criatividade de maneira divertida e significativa.
Atividade 1: "Dançando a Diversidade"
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Círculo da Diversidade: O professor cria um grande círculo com os alunos e, ao som de uma música animada, pede para que eles dancem livremente. A cada intervalo de tempo, o professor para a música e dá uma característica ou qualidade (como cor do cabelo, cor dos olhos, altura, gênero, etc). Todos os alunos que se encaixam na descrição devem se juntar ao professor no centro do círculo e dançar juntos. O objetivo dessa atividade é enfatizar a diversidade e a importância de aceitar e respeitar as diferenças uns dos outros.
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Dança das Cadeiras da Diversidade: O professor organiza um jogo de "Dança das Cadeiras", mas com um toque especial. As cadeiras são dispostas em um círculo e, ao som da música, os alunos dançam ao redor das cadeiras. Quando a música para, o professor anuncia uma característica ou qualidade específica (como "todos que têm irmãos", "todos que gostam de desenhar", etc). Os alunos que se encaixam na descrição devem se sentar em uma cadeira. O jogo continua até que uma criança restante seja declarada a vencedora. Essa atividade promove a interação e a cooperação entre os alunos, reforçando a ideia de que todos têm algo especial para contribuir, independentemente de suas diferenças.
Atividade 2: "Dançando contra a Injustiça"
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Dança dos Sentimentos: O professor propõe que os alunos formem pares e, ao som de diferentes músicas, cada par deve expressar um sentimento (alegria, tristeza, raiva, amor, etc) através da dança. O professor deve orientar os alunos a pensar em situações em que se sentiram injustiçados ou presenciaram injustiça e a tentar expressar esse sentimento através da dança. Esta atividade ajuda a desenvolver a empatia dos alunos e a capacidade de expressar seus sentimentos de maneira saudável e construtiva.
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Dança da Solidariedade: Após a atividade anterior, o professor propõe que os alunos formem grupos de acordo com o sentimento que foi expressado na dança e, juntos, criem uma nova dança que represente a ideia de solidariedade. O professor pode sugerir movimentos simples e criativos que os alunos possam incorporar em sua dança, como formar um círculo de mãos dadas, balançar os braços ritmadamente para cima e para baixo, ou fazer uma roda e girar juntos. O objetivo dessa atividade é enfatizar a importância de apoiar uns aos outros e trabalhar juntos para combater a injustiça.
Atividade 3: "Dançando para Superar o Preconceito"
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Dança dos Heróis: O professor propõe que os alunos, em grupos, escolham um super-herói ou personagem de desenho animado que eles acham que luta contra o preconceito. Cada grupo deve então criar uma pequena dança que represente como eles imaginam que esse super-herói ou personagem dançaria. O professor pode tocar músicas que correspondam à personalidade ou às características do personagem escolhido para ajudar a inspirar a dança. Essa atividade permite que os alunos explorem diferentes formas de expressão corporal e desenvolvam sua habilidade de trabalhar em equipe.
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Dança da Resiliência: Em seguida, o professor propõe que os grupos criem uma segunda dança, desta vez representando uma situação de preconceito que o personagem do primeiro passo poderia enfrentar e como ele superaria essa situação. O objetivo dessa atividade é incentivar os alunos a pensar em maneiras positivas e construtivas de lidar com o preconceito e a desenvolver sua resiliência emocional.
Lembrando que o professor deve adaptar as atividades de acordo com o nível de habilidade e compreensão da turma, assegurando que todos os alunos possam participar ativamente e se divertir enquanto exploram o tema da aula de maneira prática e significativa.
Retorno (10 - 15 minutos)
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Discussão em Grupo: O professor reúne todos os alunos em um grande círculo para uma discussão em grupo. Ele começa perguntando a cada grupo o que eles aprenderam com as atividades. Por exemplo, o professor pode perguntar: "Como a dança pode ajudar a expressar nossos sentimentos sobre a injustiça e o preconceito?". O professor deve encorajar cada aluno a compartilhar suas ideias e respeitar as opiniões dos outros.
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Reflexão Individual: Após a discussão em grupo, o professor pede para que os alunos reflitam silenciosamente sobre o que aprenderam. Ele faz duas perguntas simples para orientar a reflexão dos alunos: "Qual a coisa mais importante que você aprendeu hoje sobre a injustiça e o preconceito?" e "Como você pode usar o que aprendeu hoje para combater a injustiça e o preconceito no seu dia a dia?". O professor dá um minuto para que os alunos pensem sobre as respostas.
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Compartilhando as Reflexões: O professor, então, pede para que alguns alunos compartilhem suas reflexões com a turma. Ele pode começar perguntando: "Quem gostaria de compartilhar a coisa mais importante que aprendeu hoje?". O professor deve elogiar as respostas dos alunos e reforçar a ideia de que todos têm o direito de serem respeitados, independentemente de suas diferenças.
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Conexão com a Teoria: Para encerrar a aula, o professor faz a conexão entre as atividades práticas e a teoria apresentada no início da aula. Ele pode relembrar os alunos sobre as definições de injustiça e preconceito e como eles foram representados nas danças criadas pelos alunos. O professor também pode reforçar a importância de respeitar a diversidade e combater a injustiça e o preconceito, não apenas na sala de aula, mas em todos os aspectos de suas vidas.
Essa etapa de retorno é fundamental para consolidar o aprendizado dos alunos, permitindo que eles reflitam sobre o que aprenderam e como podem aplicar esses conhecimentos em suas vidas. Além disso, a discussão em grupo e o compartilhamento de reflexões promovem a escuta ativa, o respeito pelas opiniões dos outros e a valorização da diversidade, habilidades essenciais para a formação de cidadãos conscientes e engajados.
Conclusão (5 - 7 minutos)
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Resumo da Aula: O professor inicia a conclusão recapitulando os principais pontos abordados durante a aula. Ele relembra os conceitos de injustiça e preconceito, destacando como esses temas foram explorados através da dança. Além disso, ressalta a importância do respeito à diversidade e da expressão de sentimentos e ideias de maneira saudável e construtiva.
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Conexão Teoria-Prática: Em seguida, o professor reforça como as atividades práticas permitiram aos alunos aplicar o que aprenderam teoricamente. Ele destaca como as danças criadas pelos alunos representaram a luta contra a injustiça e o preconceito, e como essas danças foram fruto de uma reflexão sobre a diversidade e a importância do respeito mútuo. O professor elogia o esforço e a criatividade dos alunos e os encoraja a continuar usando a dança como uma forma de expressão e de luta por um mundo mais justo e igualitário.
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Materiais Extras: Para complementar o aprendizado, o professor sugere alguns materiais extras que os alunos podem explorar em casa. Ele pode indicar vídeos de danças que representam a luta contra a injustiça e o preconceito, livros infantis que abordam esses temas de maneira adequada à idade dos alunos, e sites ou jogos educativos que promovem a diversidade e o respeito mútuo. O professor ressalta que esses materiais são opcionais, mas que podem ajudar os alunos a aprofundar seus conhecimentos e a continuar refletindo sobre os temas abordados na aula.
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Importância do Assunto: Por fim, o professor destaca a relevância do assunto para a vida cotidiana dos alunos. Ele explica que, infelizmente, a injustiça e o preconceito ainda são problemas presentes em nossa sociedade, e que é importante que cada um de nós faça a sua parte para combatê-los. O professor enfatiza que a aula não se trata apenas de aprender a dançar, mas também de aprender a respeitar e valorizar a diversidade, de desenvolver a empatia e a capacidade de expressar sentimentos e ideias de maneira saudável e construtiva. Ele encoraja os alunos a aplicarem o que aprenderam na aula em suas interações diárias, lembrando-os de que pequenas atitudes de respeito e solidariedade podem fazer uma grande diferença.
Ao final da conclusão, o professor agradece a participação e o empenho de todos os alunos, e os parabeniza pelo trabalho realizado. Ele reforça que a aula foi uma oportunidade não apenas de aprendizado, mas também de diversão e expressão criativa, e que espera que todos tenham aproveitado a experiência.