Objetivos (5 - 7 minutos)

1. Compreensão do contexto histórico: Os alunos devem ser capazes de compreender o contexto histórico do Brasil Colônia, incluindo a formação social e econômica, e como a escravidão contribuiu para a construção desse contexto.

2. Identificação dos principais aspectos do sistema escravocrata: Os alunos devem ser capazes de identificar e descrever os principais aspectos do sistema escravocrata, como a origem dos escravos, as condições de vida e trabalho, e a resistência escrava.

3. Análise do comércio transatlântico de escravos: Os alunos devem ser capazes de analisar o comércio transatlântico de escravos, incluindo a rota do Atlântico, os agentes envolvidos, e o impacto desse comércio na sociedade brasileira.

   • Sub-objetivo 1: Compreender o papel das metrópoles coloniais no comércio de escravos.
   • Sub-objetivo 2: Reconhecer as consequências do comércio de escravos para a economia brasileira.

O professor deve apresentar esses Objetivos no início da aula, explicando a importância de cada um e como eles se relacionam com o tópico geral da aula. Além disso, o professor deve encorajar os alunos a fazerem perguntas e a compartilharem suas perspectivas sobre o tema.

Introdução (10 - 12 minutos)

1. Revisão de conteúdos anteriores:

   • O professor deve iniciar a aula relembrando os alunos sobre os processos de colonização e a formação das sociedades coloniais, enfatizando as diferenças entre as colônias espanholas, inglesas e portuguesas.
   • Além disso, deve revisar a exploração de recursos naturais, a formação das elites coloniais e a resistência indígena, que são tópicos que se relacionam diretamente com a escravidão e o comércio transatlântico.

2. Situações-problema:

   • O professor pode então propor duas situações que instiguem o pensamento crítico dos alunos:
     1. "Como vocês acham que a escravidão afetou a formação social e econômica do Brasil Colônia?"
     2. "Quais podem ter sido as consequências a longo prazo do comércio de escravos para a economia brasileira?"

3. Contextualização:

   • O professor deve contextualizar a importância do tema, mostrando como a escravidão e o comércio transatlântico são fundamentais para entender a formação do Brasil como país, a diversidade étnica e cultural da população brasileira, e as desigualdades sociais ainda presentes na sociedade atual.

4. Ganhar a atenção dos alunos:

   • Para despertar o interesse dos alunos, o professor pode compartilhar curiosidades e histórias relacionadas ao tema. Por exemplo, pode contar sobre a "Guerra dos Mascates", um conflito no século XVIII entre comerciantes portugueses e brasileiros, que teve como um dos principais motivos a exploração do comércio de escravos.
   • Além disso, o professor pode mostrar imagens de documentos históricos, como anúncios de jornais sobre a venda de escravos, para que os alunos tenham uma ideia mais concreta de como era o comércio de pessoas na época.

Desenvolvimento (20 - 25 minutos)

1. Atividade "Ciclo do Açúcar" (10 - 12 minutos):

   • O professor deve dividir a sala em grupos de no máximo 5 alunos. Cada grupo recebe uma folha de papel grande e colorida, canetas, lápis de cor e materiais de artesanato (opcional).
   • O objetivo da atividade é que os alunos criem um diagrama do "Ciclo do Açúcar", incluindo os principais atores (senhores de engenho, escravos, comerciantes de escravos, metrópoles coloniais), as etapas de produção do açúcar, e o fluxo de dinheiro e bens entre esses atores.
   • O professor deve orientar os alunos a fazerem pesquisas rápidas em seus livros didáticos ou em materiais disponíveis na sala de aula para preencherem as informações no diagrama.
   • Após a Conclusão dos diagramas, cada grupo deve apresentar seu trabalho para a classe, explicando as etapas do ciclo do açúcar e o papel da escravidão e do comércio de escravos nesse ciclo.

2. Atividade "Jogo do Comércio de Escravos" (10 - 12 minutos):

   • Ainda em grupos, os alunos agora irão participar de um jogo de tabuleiro simples, que simula o comércio de escravos no Atlântico. O professor deve fornecer o tabuleiro, os marcadores, os cartões de evento e as regras do jogo.
   • O objetivo do jogo é que os alunos consigam "comprar" a maior quantidade de escravos possível, levando em conta os recursos disponíveis (dinheiro, navios, tripulações) e os eventos aleatórios (tempestades, revoltas de escravos, leis de comércio, etc.).
   • Durante o jogo, o professor deve circular pela sala, observando as estratégias dos grupos, esclarecendo dúvidas e incentivando a reflexão sobre as consequências do comércio de escravos.
   • Ao final do jogo, o professor deve promover uma discussão em sala sobre as estratégias utilizadas, as dificuldades enfrentadas e as consequências do comércio de escravos.

3. Atividade "Resistência e Abolição" (5 - 6 minutos):

   • Para encerrar a etapa de Desenvolvimento, o professor deve propor uma atividade de pesquisa rápida, em que os alunos, ainda em grupos, devem encontrar informações sobre formas de resistência escrava e o processo de abolição no Brasil.
   • O professor deve fornecer uma lista de recursos (livros, sites, vídeos) e orientar os alunos a anotarem as informações mais importantes.
   • Após a pesquisa, cada grupo deve compartilhar suas descobertas com a classe, promovendo uma discussão sobre a importância da resistência e da abolição para a formação da sociedade brasileira.

Nessa etapa de Desenvolvimento, é fundamental que o professor esteja atento às dúvidas e dificuldades dos alunos, orientando-os sempre que necessário e incentivando a participação de todos. Além disso, o professor deve aproveitar as atividades em grupo para promover a interação entre os alunos e o trabalho em equipe.

Retorno (8 - 10 minutos)

1. Discussão em grupo (3 - 4 minutos):

   • O professor deve reunir todos os alunos e promover uma discussão sobre as soluções ou conclusões encontradas por cada grupo.
   • O professor pode começar perguntando a cada grupo o que consideraram ser o ponto mais importante ou desafiador em cada atividade.
   • É importante que o professor crie um ambiente acolhedor para o debate, incentivando os alunos a compartilharem suas opiniões e respeitando as diferentes perspectivas.

2. Conexão com a teoria (2 - 3 minutos):

   • Após a discussão, o professor deve fazer a conexão entre as atividades realizadas e os conceitos teóricos apresentados na Introdução da aula.
   • Por exemplo, o professor pode perguntar aos alunos como eles acham que o comércio de escravos influenciou o ciclo do açúcar, ou como a resistência escrava contribuiu para o processo de abolição.
   • O objetivo é que os alunos percebam a aplicabilidade dos conceitos teóricos e desenvolvam uma compreensão mais profunda do tema.

3. Reflexão final (3 - 4 minutos):

   • Por fim, o professor deve propor que os alunos reflitam por um minuto sobre as seguintes perguntas:
     1. "Qual foi o conceito mais importante que você aprendeu hoje?"
     2. "Quais questões ainda não foram respondidas?"
   • Após o minuto de reflexão, o professor pode pedir que alguns alunos compartilhem suas respostas com a classe.
   • Essa reflexão final permite que os alunos consolidem o que aprenderam, identifiquem possíveis lacunas em seu entendimento e se preparem para futuras aulas ou estudos sobre o tema.

O Retorno é uma etapa crucial da aula, pois permite ao professor avaliar o aprendizado dos alunos, corrigir possíveis equívocos e reforçar os conceitos mais importantes. Além disso, promove o Desenvolvimento do pensamento crítico e da capacidade de reflexão dos alunos, habilidades essenciais para o aprendizado autônomo.

Conclusão (5 - 7 minutos)

1. Resumo e Recapitulação (2 - 3 minutos):

   • O professor deve começar a Conclusão reiterando os pontos-chave abordados na aula.
   • Isso inclui a origem e as principais características do sistema escravocrata no Brasil Colônia, o papel das metrópoles no comércio de escravos, a rota do Atlântico, e o impacto desse comércio na economia brasileira.
   • O professor também deve relembrar as principais formas de resistência escrava e o processo de abolição no Brasil, destacando a importância desses aspectos na formação da sociedade brasileira.

2. Conexão Teoria-Prática (1 - 2 minutos):

   • Em seguida, o professor deve enfatizar como as atividades práticas realizadas na aula ajudaram a solidificar a compreensão dos alunos sobre o tema.
   • Por exemplo, o professor pode destacar como o jogo do comércio de escravos permitiu aos alunos visualizarem e vivenciarem as dificuldades e as decisões envolvidas nesse processo histórico.
   • Além disso, o professor deve ressaltar como a pesquisa sobre resistência e abolição proporcionou uma perspectiva mais ampla e complexa sobre a escravidão no Brasil.

3. Materiais Complementares (1 - 2 minutos):

   • O professor deve sugerir materiais de estudo complementares para os alunos, como livros, documentários, filmes e sites confiáveis.
   • Por exemplo, o professor pode recomendar o livro "Casa Grande e Senzala" de Gilberto Freyre, que discute a formação da sociedade brasileira a partir do sistema escravocrata.
   • Além disso, o professor pode indicar o documentário "A Jornada do Escravo: A Rota do Atlântico" e o site do Museu Afro Brasil, que contém uma vasta coleção de artefatos relacionados à história da escravidão e da cultura afro-brasileira.

4. Importância do Assunto (1 minuto):

   • Por fim, o professor deve reforçar a importância do assunto para o cotidiano dos alunos, vinculando-o com questões atuais.
   • O professor pode mencionar, por exemplo, como a escravidão e o comércio de escravos influenciaram a formação da sociedade brasileira, a diversidade cultural do país e as desigualdades sociais ainda presentes.
   • Além disso, o professor pode destacar a importância de conhecer e compreender a história para poder pensar criticamente sobre o presente e contribuir para a construção de um futuro mais justo e igualitário.