Plano de Aula | Metodologia Ativa | Mesopotâmia

Premissas: Este Plano de Aula Ativo pressupõe: uma aula de 100 minutos de duração, estudo prévio dos alunos tanto com o Livro, quanto com o início do desenvolvimento do Projeto e que uma única atividade (dentre as três sugeridas) será escolhida para ser realizada durante a aula, já que cada atividade é pensada para tomar grande parte do tempo disponível.

Objetivos

Duração: (5 - 10 minutos)

A etapa de definição de objetivos é crucial para estabelecer um foco claro e direcionado para a aula. Ao detalhar os objetivos principais, os alunos são orientados a concentrar seus esforços de aprendizado nas áreas mais relevantes e distintivas da Mesopotâmia, permitindo uma compreensão mais profunda e contextualizada dos temas estudados previamente em casa. Esta abordagem visa engajar os alunos de forma mais ativa, transformando-os em agentes de sua própria instrução e incentivando uma participação mais crítica e reflexiva nas atividades em sala.

Objetivos principais:

1. Desenvolver a capacidade dos alunos de explicar como a Mesopotâmia foi pioneira no desenvolvimento de estruturas sociais como a escrita cuneiforme, a agricultura intensiva, o Código de Leis de Hamurabi, a organização política em cidades-estado e a influência da religião na sociedade.

2. Habilitar os alunos a contextualizar essas inovações dentro do cenário geográfico e histórico da Mesopotâmia, identificando as influências externas e internas que moldaram essas sociedades.

Objetivos secundários:

Introdução

Duração: (15 - 20 minutos)

A introdução serve para engajar os alunos com o conteúdo que eles estudaram previamente, utilizando situações problema que estimulam o pensamento crítico e a aplicação do conhecimento. Além disso, a contextualização busca conectar o conteúdo com a realidade dos alunos, destacando a relevância histórica e geográfica da Mesopotâmia. Essa abordagem ajuda a estabelecer um interesse inicial forte e a preparar o terreno para as atividades práticas que seguirão, onde os alunos poderão aplicar e aprofundar seu entendimento.

Situações Problema

1. Como a escassez de recursos hídricos na Mesopotâmia influenciou o desenvolvimento de técnicas de irrigação e a organização política das cidades-estado?

2. Explique como a escrita cuneiforme, sendo uma das primeiras formas de escrita, facilitou a administração e a comunicação dentro das sociedades mesopotâmicas, apesar de sua complexidade.

Contextualização

A Mesopotâmia, localizada entre os rios Tigre e Eufrates, foi o berço de diversas inovações que moldaram a civilização ocidental. Curiosamente, o termo 'Mesopotâmia' deriva do grego antigo e significa 'entre rios', destacando a importância crucial da localização geográfica para o desenvolvimento dessas sociedades. As cidades-estado mesopotâmicas, como Ur e Babilônia, não apenas criaram as mais antigas formas de escrita e leis conhecidas, mas também estabeleceram um modelo de organização política que influenciou regiões vizinhas e além.

Desenvolvimento

Duração: (65 - 75 minutos)

A etapa de Desenvolvimento é projetada para que os alunos, após terem adquirido conhecimento prévio em casa, apliquem e aprofundem este conhecimento através de atividades práticas em sala. As atividades propostas visam colocar os estudantes em situações que demandam não apenas o uso do conteúdo teórico sobre a Mesopotâmia, mas também habilidades de colaboração, criatividade e pensamento crítico. Esta abordagem ativa de aprendizado é essencial para consolidar o conhecimento e para que os alunos possam visualizar e vivenciar de maneira mais tangível os elementos culturais, sociais e tecnológicos das antigas civilizações mesopotâmicas.

Sugestões de Atividades

Recomenda-se que seja realizada apenas uma das atividades sugeridas

Atividade 1 - Construtores do Passado: Recriando o Zigurate de Ur

> Duração: (60 - 70 minutos)

- Objetivo: Compreender a arquitetura e a importância dos zigurates na religião e na sociedade mesopotâmica, além de desenvolver habilidades de trabalho em equipe e apresentação.

- Descrição: Nesta atividade, os alunos serão divididos em grupos de até cinco pessoas para recriar o famoso Zigurate de Ur, uma das estruturas mais emblemáticas da Mesopotâmia. Utilizando materiais como palitos de sorvete, cola e tinta, cada grupo deverá construir uma maquete que represente o zigurate, considerando suas dimensões, inclinações e plataformas. Além da construção física, cada grupo deverá preparar uma breve apresentação explicando a importância histórica e funcional do zigurate na sociedade mesopotâmica.

- Instruções:

• Divida a classe em grupos de até cinco alunos.

• Distribua os materiais para construção (palitos de sorvete, cola, tinta, etc.).

• Oriente os alunos a pesquisar rapidamente sobre as características e a importância do Zigurate de Ur.

• Cada grupo deve planejar e construir sua maquete, seguindo as medidas e proporções aproximadas do zigurate original.

• Após a construção, cada grupo prepara uma breve apresentação para compartilhar com a classe.

Atividade 2 - Dramatização da Lei de Hamurabi

> Duração: (60 - 70 minutos)

- Objetivo: Explorar as implicações do código legal de Hamurabi na vida cotidiana e social da Mesopotâmia, promovendo a compreensão de justiça e moralidade na antiguidade.

- Descrição: Os alunos, organizados em grupos, irão dramatizar situações do cotidiano mesopotâmico que poderiam resultar na aplicação do Código de Leis de Hamurabi. Cada grupo receberá cenários específicos (por exemplo, um comerciante acusa outro de fraude) e deverá criar uma pequena peça que ilustre como a lei seria aplicada e quais seriam as consequências. Esta atividade visa não apenas entender o conteúdo das leis, mas também explorar a justiça e a moral na sociedade mesopotâmica.

- Instruções:

• Forme grupos de até cinco alunos.

• Distribua os cenários baseados nas leis de Hamurabi para cada grupo.

• Permita que os grupos discutam e planejem suas cenas.

• Os alunos devem preparar e apresentar suas dramatizações para a classe.

• Após as apresentações, promova uma discussão sobre as diferentes interpretações das leis e suas aplicações.

Atividade 3 - Mapa Interativo da Mesopotâmia

> Duração: (60 - 70 minutos)

- Objetivo: Visualizar e compreender a geografia e a importância das diferentes regiões da Mesopotâmia, além de desenvolver habilidades tecnológicas e de apresentação.

- Descrição: Utilizando recursos digitais como tablets ou computadores, os alunos em grupos irão criar um mapa interativo da Mesopotâmia. Cada grupo deverá mapear as principais cidades, rios, relevos e incluir informações sobre as conquistas culturais e tecnológicas de cada região. O mapa final será apresentado para a classe, podendo ser acessado e explorado por outros alunos.

- Instruções:

• Organize os alunos em grupos de até cinco.

• Forneça acesso a ferramentas digitais para a criação do mapa (como Google Maps ou software de mapas online).

• Cada grupo deve pesquisar e adicionar informações geográficas e históricas relevantes ao mapa.

• Os grupos apresentam seus mapas interativos para a classe, explicando os pontos importantes destacados.

• Promova um debate sobre as interações entre as diferentes regiões representadas nos mapas.

Retorno

Duração: (15 - 20 minutos)

A finalidade desta etapa é consolidar o aprendizado, permitindo que os alunos articulem o conhecimento adquirido e compartilhem insights com seus colegas. Através desta discussão, os alunos podem ver diferentes perspectivas e abordagens, o que enriquece o entendimento coletivo e individual. Além disso, as perguntas-chave visam avaliar a compreensão dos alunos sobre o tópico e sua capacidade de aplicar o conhecimento de forma crítica e contextualizada.

Discussão em Grupo

Ao final das atividades, reúna todos os alunos para uma discussão em grupo. Inicie a conversa com uma breve introdução: 'Agora que concluímos as atividades, vamos compartilhar nossas descobertas e reflexões. Cada grupo terá a oportunidade de apresentar um resumo do que aprendeu e discutiu. Vamos valorizar as diferentes perspectivas e abordagens de cada grupo.'

Perguntas Chave

1. Quais foram as maiores dificuldades encontradas ao tentar recriar elementos da Mesopotâmia em suas atividades?

2. Como as estruturas sociais e tecnológicas da Mesopotâmia influenciaram outras civilizações?

3. De que maneira o conhecimento adquirido sobre as leis e a religião mesopotâmicas pode ser aplicado para entender melhor o mundo contemporâneo?

Conclusão

Duração: (5 - 10 minutos)

A etapa de Conclusão serve para reforçar e consolidar o conhecimento adquirido pelos alunos durante a aula, vinculando os conceitos teóricos com as práticas realizadas. Através do resumo e da ponte entre teoria e prática, os alunos são capazes de visualizar a aplicabilidade do que aprenderam, enquanto a discussão sobre a importância contínua da Mesopotâmia ajuda a perceber a relevância do estudo da história para a compreensão do mundo atual.

Resumo

Neste encerramento, o professor deve resumir os principais pontos discutidos sobre a Mesopotâmia, destacando as inovações como a escrita cuneiforme, a agricultura intensiva, o Código de Leis de Hamurabi, a organização política em cidades-estado e a influência da religião. É essencial recapitular como esses elementos se interligam e formam a base das sociedades antigas e, por extensão, da nossa compreensão da evolução social e tecnológica.

Conexão com a Teoria

Explique como as atividades realizadas em sala, como a construção do Zigurate de Ur, a dramatização das leis de Hamurabi e a criação de mapas interativos, conectaram a teoria estudada em casa com a prática em sala. Destaque como cada tarefa permitiu aos alunos não apenas revisar o conhecimento, mas também aplicar e visualizar de maneira tangível os conceitos abordados, reforçando a aprendizagem através da experimentação e da discussão.

Fechamento

Por fim, enfatize a importância da Mesopotâmia para a compreensão da formação das sociedades e instituições atuais. Discuta como as inovações mesopotâmicas influenciaram não apenas outras culturas antigas, mas também a nossa própria estrutura social e tecnológica contemporânea, mostrando a relevância contínua do estudo do passado para entender o presente.