Contextualização
O planeta Terra é cheio de formas e estruturas geológicas, que vão das grandes montanhas aos vales profundos, das planícies extensas aos cânions sinuosos. Mas você já se perguntou como essas paisagens se formam? A Geomorfologia, o estudo das formas e processos terrestres, nos ajuda a entender essas maravilhas da natureza.
A Geomorfologia é um amplo campo de estudo que reúne conhecimentos de várias outras disciplinas, como geologia, climatologia, hidrologia e biologia. Por meio de uma melhor compreensão da geomorfologia, podemos compreender melhor o nosso planeta, as paisagens ao nosso redor e como elas foram e são moldadas ao longo do tempo.
Neste projeto, pretendemos nos concentrar especificamente nos agentes endógenos e exógenos que influenciam a geomorfologia. Os agentes endógenos, internos, incluem processos geológicos, como o movimento tectônico e o vulcanismo, que ocorrem dentro da Terra e levam à formação de montanhas, falhas e terremotos. Por outro lado, os agentes exógenos, externos, como a água, o vento e o gelo, esculpem as paisagens através de processos como a erosão e o intemperismo, formando vales, cânions e planícies.
A compreensão desses dois agentes - endógenos e exógenos - é fundamental para entendermos como as paisagens são formadas e modificadas. A interação desses agentes molda nossa paisagem, influencia a localização de nossas cidades, nossos sistemas de transporte e até mesmo nossos recursos naturais.
Nas últimas décadas, a importância da geomorfologia tem se tornado cada vez mais evidente. Mudanças climáticas, eventos geológicos e ações humanas estão remodelando nosso planeta de maneiras significativas, e entender esses processos é crucial para a sustentabilidade a longo prazo de nossas sociedades. Também é importante para os planejadores urbanos e os responsáveis pela gestão de recursos naturais, que usam essas informações para tomar decisões sobre onde construir infraestruturas ou como gerenciar bacias hidrográficas, por exemplo.
O projeto abaixo visa fornecer uma introdução geral ao campo da geomorfologia, com um foco particular nos agentes endógenos e exógenos. Ao final, esperamos que vocês tenham uma melhor compreensão de como esses processos moldam nosso mundo e como podemos utilizar esse conhecimento em nossas vidas diárias.
Para este projeto recomendamos as seguintes fontes:
Atividade Prática: "Geomorfologia em Miniatura"
Objetivo do Projeto
Construir uma maquete represantando um relevo terrestre e simular a ação dos agentes endógenos e exógenos na formação e transformação deste relevo. A maquete e as simulações feitas serão a base para a elaboração do relatório onde os alunos aprofundarão seus conhecimentos teóricos e práticos na geomorfologia.
Descrição do Projeto
Os alunos serão divididos em grupos de 3 a 5 integrantes. Cada grupo deverá construir uma maquete que represente um relevo terrestre com suas características geográficas. Em seguida, realizarão simulações de ações de agentes internos (endógenos) e externos (exógenos) para observar e compreender seus efeitos na formação e modificação do relevo. Os alunos documentarão suas observações em forma de relatório, demonstrando os conceitos teóricos envolvidos na prática.
Materiais Necessários
- Caixa de sapato ou recipiente retangular similar.
- Argila, massa de modelar ou similar.
- Água.
- Seringa.
- Área com sol ou secador.
- Vinagre, bicarbonato de sódio e corante vermelho (para simulação de vulcanismo).
- Papel, caneta e câmera (ou smartphone) para documentar as observações.
Passos Detalhados
1. Utilizando a argila ou massa de modelar, os alunos devem modelar na caixa de sapato um relevo, considerando formação de montanhas, vales, rios, planícies, etc.
2. Documentem a maquete inicial com fotos e breves descrições.
3. Simulem a ação dos agentes endógenos. Para representar o vulcanismo, misture vinagre, bicarbonato de sódio e corante vermelho em uma pequena cavidade feita na montanha da maquete. A reação produzirá uma efervescência que pode simular uma erupção vulcânica.
4. Com a seringa, injetem água por baixo do relevo em pontos estratégicos para simular a ação dos terremotos.
5. Documentem com fotos e breves descrições as mudanças no relevo após a simulação dos agentes endógenos
6. Para a simulação da ação dos agentes exógenos, deixem a maquete em local que pegue sol ou utilizem o secador de cabelo para simular a ação do vento e do sol (erosão eólica e intemperismo).
7. Despejem água sobre as montanhas para simular a chuva e a consequente erosão fluvial.
8. Registrem as alterações de sua maquete após a ação dos agentes exógenos com fotos e breves descrições.
9. Após a realização das simulações, os alunos deverão escrever um relatório sobre a atividade, dividido em:
- Introdução: Onde deverão contextualizar o tema dos agentes endógenos e exógenos na Geomorfologia, a relevância desses conceitos para a compreensão das características físicas do nosso planeta e o objetivo da atividade prática realizada.
- Desenvolvimento: Aqui, os alunos deverão explicar a teoria envolvida nos processos endógenos e exógenos de formação do relevo e aprofundar na metodologia utilizada na atividade prática (descrição da maquete inicial, que tipo de relevo escolheram representar, como foram as simulações e os resultados observados).
- Conclusão: Deverão sintetizar os aprendizados da atividade, conectando a prática realizada com a teoria apresentada e concluindo sobre a importância do entendimento dos agentes endógenos e exógenos na formação e transformação dos relevos terrestres.
- Bibliografia: Indicar as fontes de pesquisa utilizadas para a elaboração do relatório.
10. As entregas finais do projeto serão: a maquete de relevo terrestre, a documentação fotográfica das etapas da simulação e o relatório escrito seguindo as diretrizes acima.
Com a execução deste projeto, os estudantes serão capazes de compreender de maneira mais sólida os conceitos de agentes endógenos e exógenos e suas ações na formação do relevo, além de desenvolver habilidades de trabalho em equipe, gerenciamento de tempo, pensamento crítico e habilidades de escrita.