Contextualização
Introdução
O estilo arquitetônico gótico, surgido na Alta e Baixa Idade Média na Europa por volta 1140 é considerado uma das maravilhas mais refinadas da história arquitetônica humana. Este estilo, conhecido tanto pela sua verticalidade quanto pela sua luminosidade, representa uma revolta contra a gravidade - na forma de tensões e suportes - e uma busca incessante pela luz divina. Com essa nova arquitetura, as catedrais se transformaram em pontos de encontro entre o divino e o humano, onde a presença de Deus poderia ser tangível.
Para enfatizar o estilo gótico é necessário compreender a sua origem e contexto histórico. Surgiu em Paris durante o período de transição da Alta para a Baixa Idade Média, um tempo de grande inovação e mudança religiosa, cultural, política e artística. Se espalhou por toda a Europa, cada região adaptando-o à sua própria maneira, com o estilo sendo usado principalmente em edifícios religiosos, como catedrais e mosteiros, mas também em estruturas seculares, como castelos e fortalezas.
Dominar o estilo gótico envolve compreender e ser capaz de identificar seus elementos arquitetônicos e estéticos característicos. Estes incluem: arcos, abóbadas, suportes, vitrais, rosáceas, gárgulas e quimeras. Cada um destes elementos tem uma função específica em relação à estrutura e ao propósito do edifício e à interação desejada com o espectador.
Contextualização
A importância do estilo arquitetônico gótico no desenvolvimento da arquitetura e da arte não pode ser subestimada. Este estilo representa a confluência de diversas influências culturais, religiosas e tecnológicas que culminaram em um tipo de edifício que era ao mesmo tempo funcional e profundamente simbólico. Ascensão vertical das catedrais góticas rumo ao céu, por exemplo, pretendia expressar a transcendência divina e a aspiração das almas humanas à divindade.
Além disso, o gótico também influenciou a maneira como os edifícios eram concebidos, construídos e interagiam com o ambiente e com as pessoas. As técnicas de construção góticas permitiram a criação de estruturas mais altas e mais leves, com grandes janelas e vitrais que inundavam os interiores com luz. Tais edifícios tinham um impacto profundo sobre os seus arredores, alterando as paisagens urbanas e rurais da Europa.
Leituras Complementares
A seguir, são sugeridas algumas leituras complementares que podem aprofundar a compreensão do estilo gótico:
- "Gothic Architecture: A Very Short Introduction" por Nicola Coldstream.
- "The Gothic Cathedral" por Otto von Simson.
- Web Documentário da PBS: "Building the Great Cathedrals"
- "The Gothic Enterprise: A Guide to Understanding the Medieval Cathedral" por Robert A. Scott.
Atividade Prática
Criação de uma Maquete de Catedral Gótica
Objetivo do Projeto
O objetivo desta atividade é permitir que os alunos apliquem seus conhecimentos sobre o estilo arquitetônico gótico na concepção e construção de uma maquete de uma catedral gótica, abrangendo os elementos arquitetônicos característicos desse estilo e fornecendo uma análise teórica contextualizada.
Materiais Necessários
Para a realização da atividade cada grupo precisará de:
- Cartolinas e papelões
- Régua
- Tesoura
- Cola
- Lápis de cor, canetas coloridas e marcadores
- Papel vegetal para desenho técnico
Descrição Detalhada do Projeto
O projeto será dividido em 3 etapas principais: pesquisa e planejamento, construção da maquete, e redação do relatório.
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Pesquisa e Planejamento: Cada grupo deverá pesquisar sobre as catedrais góticas existentes e escolher uma como referência para a sua maquete. A escolha deve levar em conta as características estéticas e arquitetônicas que melhor representem o estilo gótico. Após a escolha da referência, os alunos devem elaborar um plano de trabalho, dividindo tarefas e estabelecendo prazos para a conclusão da maquete e do relatório.
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Construção da Maquete: Com um plano em mãos, a equipe deve começar a construir a maquete de acordo com a referência escolhida, respeitando a escala estabelecida. A maquete deve enfatizar os elementos arquitetônicos góticos característicos, como arcos apontados, abóbada de berço quebrado, suportes e arcobotantes, vitrais e rosáceas, e se possível, gárgulas e quimeras.
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Redação do Relatório: Enquanto a maquete é construída, os alunos devem também trabalhar no relatório do projeto. O relatório deve apresentar a pesquisa que foi realizada, a justificativa da escolha da catedral de referência, a descrição do processo de construção da maquete, análise crítica sobre o trabalho realizado, aprendizagens adquiridas e a relação entre a teoria estudada e a prática desenvolvida.
Passo a Passo Detalhado para a Realização da Atividade
Passo 1: Divida-se em grupos de 3 a 5 participantes.
Passo 2: Realize uma pesquisa sobre as catedrais góticas existentes e escolha uma para ser a referência da sua maquete.
Passo 3: Elabore um plano de trabalho, definindo o que cada membro do grupo fará e os prazos para a conclusão das tarefas.
Passo 4: Comece a construir a maquete, respeitando a escala, e salientando os elementos arquitetônicos góticos.
Passo 5: Paralelamente à construção da maquete, comece a redigir o relatório do projeto.
Passo 6: Finalize a maquete e o relatório, revisando para verificar se todos os objetivos foram alcançados.
Passo 7: Apresente a maquete e o relatório para a turma.
Entregas do Projeto
Ao final do projeto, cada grupo deve entregar:
- A maquete da catedral gótica, devidamente construída e decorada.
- O relatório do projeto, onde constarão os seguintes tópicos: Introdução (contextualizando o tema e o objetivo do projeto), Desenvolvimento (explicitando a teoria estudada e as atividades realizadas, a metodologia utilizada e os resultados obtidos), Conclusões (retomando os pontos principais e o aprendizado adquirido pelo grupo) e Bibliografia utilizada.
Ao redigir o relatório, cada grupo deve detalhar a escolha da catedral de referência, a pesquisa realizada, o planejamento do trabalho, o processo de construção da maquete, o desempenho da equipe na realização do projeto e uma reflexão sobre o aprendizado adquirido com o projeto e sua relação com a teoria estudada. O relatório deve ser claro, preciso e bem estruturado, com boas justificativas, análises e reflexões. As fontes consultadas devem ser corretamente citadas.