Espaço Geográfico
Materiais Necessários: Projetor, Computador, Vídeo do terremoto do Haiti (2010), Vídeo do tsunami de Fukushima (2011), Imagem do terremoto do Haiti (2010), Imagem do tsunami de Fukushima (2011), Quadro, Giz, Marcadores, Mapa-múndi projetado
Palavras-chave: Placas tectônicas, Terremotos, Maremotos, Modelagem cinestésica, Mapa-múndi, Anel de Fogo do Pacífico, Estudo de caso, Mapa conceitual, Prevenção sísmica, Avaliação formativa
Introdução da Aula
Tempo total da aula: 50 minutos
1. Gancho Motivador – “Onde a Terra Treme?” (5 minutos)
Objetivo pedagógico: despertar a curiosidade sobre placas tectônicas e fenômenos sísmicos, ativando conhecimentos prévios.
- Antes da aula, prepare uma projeção rápida (imagem ou vídeo de até 30 segundos) do terremoto do Haiti (2010) ou do tsunami de Fukushima (2011).
- Projete o conteúdo sem legendas ou explicações.
- Pergunte aos alunos:
- “O que vocês observam nessa cena?”
- “Que consequências humanos e ambientais vocês imaginam?”
- Oriente respostas breves (1–2 frases). Registre no quadro as palavras-chave que surgirem (ex.: sede, destruição, abalo).
- Finalize: explique que todos esses efeitos estão relacionados ao movimento das placas tectônicas.
Dica de gestão: limite cada resposta a 15 segundos; utilize contagem regressiva para manter o ritmo.
2. Apresentação dos Objetivos de Aprendizagem (2 minutos)
Escreva claramente no quadro:
- Compreender o que são placas tectônicas e como se movem.
- Identificar causas e efeitos de terremotos e maremotos.
- Reconhecer as regiões do planeta mais suscetíveis a esses fenômenos.
Por que esse passo importa?
Deixar os objetivos visíveis orienta o foco dos alunos e cria referência para autoavaliação ao longo da aula.
3. Relevância do Conteúdo (3 minutos)
- Explique sucintamente:
- Segurança e prevenção: saber onde a Terra treme auxilia projetos de engenharia e planos de evacuação.
- Cidadania global: entender riscos naturais ajuda a valorizar ações de solidariedade em regiões afetadas.
- Apresente um caso concreto: o terremoto do Chile (2010) e como mudanças em normas de construção reduziram mortes em tremores subsequentes.
- Pergunte:
- “Como vocês acham que nosso cotidiano muda ao sabermos dessas informações?”
- “Quais profissões se beneficiam desse conhecimento?”
Gestão de tempo: observe o relógio e conclua esta seção em até 3 minutos para seguir ao desenvolvimento.
Pronto para avançar à exploração dos conceitos de placas tectônicas e seus movimentos.
Atividade de Aquecimento e Ativação
1. Objetivo
Mobilizar conhecimentos prévios sobre placas tectônicas, terremotos e maremotos, definindo áreas suscetíveis e vocabulário-chave para o novo conteúdo.
2. Descrição da Atividade (5–7 minutos)
- Prepare um mapa‐múndi projetado ou impresso, sem marcações.
- Entregue aos alunos post‐its coloridos e canetas.
- Peça que, individualmente, colem um post‐it em uma região onde já ouviram falar de terremotos ou maremotos e escrevam uma palavra ou expressão associada (por exemplo, “fossa”, “falha”, “tsunami”). Limite: 2 minutos.
- Chame 4–5 alunos para lerem seu post‐it e posicionarem suas ideias no mapa, formando um “cluster” de locais e termos. (Tempo: 2–3 minutos.)
- Registre no quadro termos recorrentes e regiões destacadas.
3. Perguntas-Chave para o Professor
- “Quais lugares vocês reconheceram neste mapa?”
- “Por que acham que ali ocorrem terremotos ou maremotos?”
- “O que vocês entendem por ‘placa tectônica’ ou ‘falha geológica’?”
Essas perguntas direcionam o foco para locais reais (ex.: Anel de Fogo do Pacífico) e conceitos que serão aprofundados.
4. Propósito Pedagógico
Essa atividade rápida:
- ativa conexões entre experiências prévias e vocabulário científico;
- revela concepções iniciais e possíveis equívocos;
- prepara alunos para relacionar movimentos de placas à ocorrência de tremores.
5. Dicas de Condução
- Controle o tempo com cronômetro visível para manter o ritmo.
- Valorize todas as contribuições, mesmo que imprecisas, para encorajar a participação.
- Use duplas ou trios se a turma for grande ou tiver alunos mais tímidos.
- Anote no quadro os termos para referência ao longo da aula.
6. Materiais Necessários
- Mapa‐múndi projetado ou impresso (sem marcações).
- Post‐its coloridos (1 por aluno).
- Canetas ou marcadores.
- Quadro e giz/marker para registros.
Atividade Central de Aprendizagem
Nesta etapa de 20–35 minutos, os alunos explorarão, de modo prático, o movimento das placas tectônicas, suas consequências (terremotos e maremotos) e identificarão regiões de maior suscetibilidade. A atividade combina modelagem, análise de mapa e estudo de caso real.
Objetivo Pedagógico
Permitir que os alunos compreendam como o deslocamento das placas gera tensões na crosta terrestre, resultando em abalos sísmicos e tsunamis, além de relacionar esses fenômenos a locais específicos do planeta.
Materiais
- Massinha de modelar (duas cores)
- Cartolina com contorno de placas tectônicas (impressa ou desenhada)
- Mapas mundi impressos para cada grupo
- Fichas de estudo de caso (Chile 2010 e Japão 2011)
- Réguas ou palitos para apoiar e movimentar as “placas” de massinha
Passo a Passo para o Professor
-
Preparação (2 minutos)
- Divida a turma em grupos de 4 alunos.
- Entregue a cada grupo: cartolina, massinha (duas cores), mapa-múndi e fichas de estudo de caso.
-
Modelagem das Placas (8 minutos)
- Oriente os alunos a moldar duas “placas” de massinha (cada cor representa uma placa diferente).
- Peça que posicionem as placas sobre a cartolina, encaixando as bordas desenhadas.
- Instrua-os a simular três tipos de deslocamento:
- Convergente: pressionar as bordas uma contra a outra até formar “dobra” ou “falha”.
- Divergente: afastar lentamente as bordas, formando um “vale” central.
- Transformante: deslizar lateralmente uma placa paralela à outra.
Perguntas para verificar compreensão:
- O que acontece com a massinha quando as placas convergem?
- Qual movimento gerou mais deformação na modelagem?
-
Estudo de Caso e Mapeamento (12 minutos)
- Distribua as fichas sobre o terremoto do Chile (2010, magnitude 8,8) e do Japão (2011, magnitude 9,1 e tsunami de 10 m).
- Solicite que cada grupo localize no mapa-múndi a Fossa das Marianas e o Cinturão de Fogo do Pacífico.
- Peça que marquem com cores distintas as zonas de subducção associadas aos eventos.
- Oriente a discussão interna do grupo: quais características geológicas tornam essas áreas tão suscetíveis a terremotos e tsunamis?
Perguntas para guiar a reflexão:
- Por que regiões de subducção concentram grande parte dos terremotos de alta magnitude?
- De que forma um tsunami se forma após o deslocamento abrupto do fundo do mar?
-
Socialização e Síntese (8 minutos)
- Convide cada grupo a apresentar sua modelagem e mapa, explicando o tipo de movimento tectônico e as consequências observadas.
- Registre no quadro os três pontos principais de cada apresentação.
- Finalize com uma síntese oral, reforçando que zonas de contato convergente e subducção (ex.: costa chilena, Japão) têm maior risco.
Dicas de Gestão e Diferenciação
- Para alunos com dificuldade motora fina, permita o uso de tiras de espuma no lugar da massinha.
- Ofereça legendas visuais (símbolos para convergente, divergente e transformante) para alunos que precisam de apoio visual.
- Circulando entre os grupos, faça perguntas direcionadas para manter todos engajados e ajustar eventuais conceitos equivocados.
Propósito Pedagógico de Cada Etapa
- Modelagem: favorece a compreensão cinestésica das forças tectônicas.
- Mapeamento e estudo de caso: conecta o conceito teórico à realidade geográfica e histórica.
- Socialização: desenvolve habilidades de comunicação científica e consolida o aprendizado.
Avaliação e Verificação de Compreensão
1. Checagem Rápida (Formativa – 5 minutos)
- Distribua cartões com duas opções: “A” (verdadeiro) e “B” (falso).
- Projete ou leia em voz alta 5 afirmações breves:
- As placas tectônicas flutuam sobre a astenosfera.
- Todo terremoto submarino causa maremoto.
- O hipocentro é o ponto na superfície onde o tremor começa.
- O Chile está na zona de contato entre as placas Sul-Americana e de Nazca.
- Falhas transformantes não geram tsunamis.
- Peça que ergam “A” ou “B” para cada afirmação.
- Registre quantos acertos por afirmação e ajuste o ritmo da aula conforme o entendimento.
Propósito pedagogico: Diagnosticar lacunas imediatas e ajustar explicações antes das atividades principais.
2. Observações em Trabalho de Grupo (Formativa)
- Organização: Alunos em grupos de 3 discutem um mapa-múndi indicando zonas sísmicas.
- Critérios de observação pelo professor:
- Uso correto de termos (dorsal mesoatlântica, zona de subducção, epicentro).
- Capacidade de relacionar movimento das placas a ocorrências de terremotos e tsunamis.
- Qualidade da argumentação (exemplos e justificativas).
- Registro de evidências:
- Marque em uma lista rápida “C” (conquistou), “E” (em desenvolvimento), “D” (déficit) para cada critério.
- Anote comentários curtos sobre cada grupo para orientar intervenções pontuais.
Propósito pedagogico: Monitorar em tempo real a aplicação dos conceitos e fornecer feedback imediato.
3. Estudo de Caso: Terremoto do Chile (2010)
Contexto para alunos (projete ou entregue texto curto):
- Magnitude 8,8 na escala Richter.
- Placas de Nazca e Sul-Americana em convergência.
- Geração de tsunami no Pacífico Sul.
Tarefa em duplas:
- Identificar as placas envolvidas.
- Descrever como esse movimento gerou o tsunami.
- Sugerir três medidas de prevenção naquela região.
Rubrica de avaliação (formativa):
- Precisa conceitual (0–2 pontos)
- Conexão entre placas e efeitos (0–2 pontos)
- Propostas de prevenção (0–1 ponto)
Propósito pedagogico: Aplicar conceitos a um evento real e reforçar vínculo teoria-prática.
4. Avaliação Somativa Final (20 minutos)
Atividade para alunos: Redigir um relatório de 5–7 linhas respondendo:
- Como o movimento das placas tectônicas provoca terremotos?
- Por que certas regiões, como o Chile ou Japão, são mais suscetíveis a maremotos?
Critérios de correção:
- Conceitos corretos (4 pontos): definição de placas, hipocentro, epicentro.
- Exemplos reais (3 pontos): menção ao Chile, Japão ou outra zona sísmica.
- Organização do texto (2 pontos): introdução, desenvolvimento e conclusão claros.
- Uso de vocabulário técnico (1 ponto): termos adequados e grafia correta.
Propósito pedagogico: Verificar de forma abrangente o nível de compreensão individual e registrar nota somativa.
5. Feedback e Encaminhamentos
- Retorne relatórios corrigidos na aula seguinte com comentários pontuais.
- Proponha revisão em dupla de pontos de dificuldade identificados.
- Planeje mini-aulas de reforço para conceitos com maior índice de erro.
Leitura Adicional e Recursos Externos
-
NST Geografia – Conceitos Geográficos
Oferece fundamentação sobre paisagem, região, lugar e território, auxiliando o professor a conectar o estudo de placas tectônicas ao conceito de espaço geográfico. -
Identidade sociocultural e territorialidade no 6º ano
Artigo que orienta a abordagem de territorialidade e uso do espaço no 6º ano, servindo de base para discutir zonas sísmicas e maremotos em contextos locais. -
Espaço geográfico – Brasil Escola
Texto online que define espaço geográfico e seus elementos, útil para introduzir mapas de placas tectônicas e zonas de risco sísmico. -
Compreendendo o espaço geográfico – Plano de Aula para 6º Ano
Plano de aula com atividades práticas para explorar espaço geográfico, adaptável ao estudo de terremotos e maremotos. -
GEO-E-CIA: Guia de Atividades Interativas Para Aulas de Geografia
Reúne jogos e debates, como o Jogo do Mapa Vivo, que facilitam a visualização das placas tectônicas e o impacto dos eventos sísmicos. -
Projeto 6º Ano Geografia – Aprendizado Dinâmico
Descreve um projeto interdisciplinar que desenvolve a análise de informações geográficas, aplicável a estudos de terremotos e maremotos. -
Videoaula “Espaço Geográfico” – Brasil Escola (YouTube)
Vídeo que aborda lugar, paisagem e território, servindo de introdução audiovisual antes de explorar placas tectônicas. -
Material Interativo Editora FTD (ISSUU)
Publicação digital com mapas e imagens interativas, auxiliando no ensino visual de zonas sísmicas e bordas de placas. -
“Orientação e localização no espaço geográfico” – Desvendando a Geografia (YouTube)
Animação sobre pontos cardeais e localização, que complementa o uso de mapas interativos de placas tectônicas com orientação espacial.
Conclusão da Aula e Extensões
Atividade de Encerramento 1: Mapa Conceitual Colaborativo
Objetivo pedagógico: Consolidar visualmente as relações entre placas tectônicas, terremotos e maremotos.
- Organize a turma em grupos de 4 a 5 alunos e entregue uma folha grande ou cartolina para cada grupo.
- Instrua cada equipe a desenhar no centro o conceito “Movimento das Placas Tectônicas” e, a partir dele, conectar setas a três subtemas:
- Terremotos
- Maremotos
- Zonas de risco (exemplo: Círculo de Fogo do Pacífico)
- Peça que, em cada ramo, escrevam palavras-chave (por exemplo, “falha de subducção”, “magnitude Richter”, “tsunami de 2011 no Japão”) e ilustrem com pequenos ícones.
- Circulando pela sala, faça perguntas-chave:
- “Por que a subducção do Pacífico gera tantos terremotos no Japão?”
- “Como a magnitude de um tremor pode influenciar a formação de um maremoto?”
- Cada grupo apresenta seu mapa em 2 minutos, enquanto os colegas apontam semelhanças e diferenças.
Dica de gestão: Estipule tempo no relógio (5 min para elaboração; 5 min para apresentações) e incentive post-its coloridos para facilitar o destaque de ideias principais.
Atividade de Encerramento 2: Discussão Reflexiva Guiada (Think–Pair–Share)
Objetivo pedagógico: Promover reflexão crítica e verbalização do aprendizado.
- Think (2 min): Peça que cada aluno responda, individualmente, por escrito:
- “Qual descoberta sobre placas tectônicas mais me surpreendeu hoje?”
- “Como me sentiria se vivesse em uma zona de alto risco de terremotos?”
- Pair (3 min): Os alunos formam duplas e trocam suas respostas, buscando pontos em comum e diferenças.
- Share (5 min): Convide voluntários para compartilhar com a turma insights das duplas, destacando ligações emocionais e científicas.
Perguntas de sondagem:
- “Quais mudanças você faria na sua casa para torná-la mais segura?”
- “De que forma o estudo de terremotos pode ajudar outras disciplinas, como História ou Matemática?”
Sugestões de Extensões Interdisciplinares e Projetos de Pesquisa
- Projeto em Geografia e Língua Portuguesa:
- Elaboração de um boletim informativo sobre áreas de risco sísmico no Brasil e no mundo, combinando textos explicativos e infográficos.
- Projeto em Ciências e Artes:
- Criação de uma dramatização ou curta-metragem que represente a sequência de eventos de um terremoto seguido de maremoto, explorando sensações e medidas de proteção.
- Projeto em Matemática e Informática:
- Modelagem computacional simples (por exemplo, em Scratch) de placas em movimento e simulação de falhas, permitindo ao aluno ajustar variáveis como velocidade e profundidade da subducção.
Exemplo de caso de estudo para extensão:
- Tsunami de 2011 no Japão: pesquisar causas, consequências e estratégias de reconstrução, comparando com exemplos brasileiros de abalo sísmico (como o tremor de magnitude 5,8 em Riacho das Almas-PE, 2018).
Essas atividades finais consolidam conceitos-chave, valorizam a reflexão e apontam caminhos para aprofundamento interdisciplinar, estimulando competências de pesquisa, comunicação e pensamento crítico.