Objetivos (5 - 10 minutos)

1. Desenvolver a habilidade de compreender a importância das unidades de conservação para a preservação da biodiversidade no Brasil, com foco em áreas de preservação permanente e a reserva legal em propriedades.

2. Estimular o pensamento crítico e a capacidade de argumentação dos alunos em relação à preservação do meio ambiente e às políticas de conservação ambiental em nosso país.

3. Fomentar a consciência ambiental e a responsabilidade social dos alunos, instigando-os a pensar sobre ações cotidianas que podem contribuir para a preservação da biodiversidade.

Objetivos secundários:

• Incentivar a pesquisa e o estudo autônomo, pois os alunos serão responsáveis por buscar informações prévias sobre o tema antes da aula.

• Favorecer a interação e a colaboração entre os alunos, uma vez que a metodologia da sala de aula invertida pressupõe a discussão e o compartilhamento de ideias.

• Desenvolver habilidades de comunicação oral e escrita, pois os alunos terão que apresentar suas descobertas e opiniões de forma clara e objetiva.

Introdução (10 - 15 minutos)

1. Revisão de conceitos prévios: Antes de abordar o tema principal, o professor deve rever alguns conceitos essenciais com os alunos. Tais como: o que são unidades de conservação (espécies de áreas protegidas por leis), a diferença entre áreas de preservação permanente e reserva legal, e a importância da biodiversidade. Essa revisão pode ser feita através de perguntas diretas aos alunos ou apresentação de slides rápidos. (3 - 5 minutos)

2. Situações-problema: Após a revisão, o professor deve apresentar duas situações-problema para instigar os alunos a pensarem sobre o tema da aula:

   • Situação 1: Suponha que uma empresa deseja construir uma fábrica em uma área que é considerada de preservação permanente. Quais seriam as implicações dessa construção para a biodiversidade local?

   • Situação 2: Uma fazenda possui uma grande área de mata nativa, que é considerada reserva legal. O proprietário quer desmatar uma parte dessa área para ampliar a área de plantio. Quais seriam as consequências dessa ação para a biodiversidade? (5 - 7 minutos)

3. Contextualização: O professor deve contextualizar a importância do tema, mostrando aos alunos como a preservação das unidades de conservação contribui para a manutenção da biodiversidade, e como a degradação destas áreas pode afetar a vida das pessoas e do planeta. Pode-se usar exemplos reais, como desmatamento na Amazônia, queimadas no Pantanal e expansão do agronegócio. (2 - 3 minutos)

4. Ganhar a atenção dos alunos: Para despertar o interesse dos alunos, o professor pode compartilhar algumas curiosidades ou fatos impactantes sobre o tema. Por exemplo, mostrar quantas espécies são descobertas por ano nas unidades de conservação brasileiras ou quantas estão ameaçadas de extinção devido ao desmatamento. Outra opção seria apresentar histórias de sucesso na preservação da biodiversidade, como a recuperação de espécies em extinção ou a criação de novas unidades de conservação. (3 - 5 minutos)

Desenvolvimento (25 - 30 minutos)

1. Teoria - Unidades de Conservação e biodiversidade (10 - 15 minutos):

   • Conceito e importância das Unidades de Conservação: O professor deve explicar que as Unidades de Conservação (UCs) são espaços territoriais, incluindo seus recursos ambientais, com características naturais relevantes, legalmente instituídas pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção. Deve também destacar que as UCs são fundamentais para a manutenção da biodiversidade, pois elas preservam habitats e espécies, muitas vezes únicas dessas áreas.

   • Tipos de Unidades de Conservação: O professor deve apresentar os dois grupos de UCs, as de Proteção Integral (que têm como objetivo preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais) e as de Uso Sustentável (que conciliam a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais). Dentro desses grupos, existem diferentes categorias de UCs, como Reservas Biológicas, Parques Nacionais, Áreas de Proteção Ambiental, Reservas Extrativistas, entre outras, cada uma com características e objetivos específicos.

   • Biodiversidade e sua importância: O professor deve definir biodiversidade como a variedade de vida no planeta, incluindo a diversidade genética dentro das populações e espécies, a diversidade de espécies de flora, fauna, fungos microscópicos e macroscópicos, e a variedade de funções ecológicas desempenhadas pelos organismos nos ecossistemas. Além disso, deve ressaltar a importância da biodiversidade para o equilíbrio dos ecossistemas e para a humanidade, que depende dela para obter alimentos, medicamentos, matéria-prima, entre outros.

2. Discussão guiada sobre as situações-problema (10 - 15 minutos):

   • O professor deve retomar as situações-problema apresentadas na introdução da aula e instigar os alunos a discutirem sobre elas. O objetivo é que os alunos, com base na teoria apresentada, consigam perceber as implicações da intervenção humana nas áreas de preservação e como isso afeta a biodiversidade.

   • Para a situação 1, os alunos podem discutir sobre a perda de habitat, a fragmentação das populações de espécies, a alteração dos recursos hídricos, entre outros impactos.

   • Para a situação 2, a discussão pode girar em torno do desmatamento, da perda de biodiversidade, das mudanças climáticas, entre outros temas.

   • O professor deve atuar como mediador, garantindo que todos os alunos participem da discussão e que os argumentos sejam embasados na teoria estudada.

3. Aplicação prática (5 - 10 minutos):

   • Para consolidar o aprendizado, o professor pode propor uma atividade prática, como a criação de um mapa conceitual sobre o tema da aula.

   • Os alunos, em grupos, deverão relacionar os conceitos de Unidade de Conservação, Área de Preservação Permanente, Reserva Legal e Biodiversidade, além de incluir as implicações da não preservação dessas áreas para a biodiversidade e para a sociedade.

   • O professor deve circular pela sala, auxiliando os grupos e esclarecendo dúvidas. Ao final, cada grupo apresenta seu mapa para a turma e o professor faz as considerações finais, corrigindo possíveis equívocos e reforçando os conceitos-chave.

Este desenvolvimento da aula proporcionará aos alunos uma ampla compreensão do tema, desde a teoria até a aplicação prática, instigando o pensamento crítico e a capacidade de argumentação sobre as políticas de conservação ambiental.

Retorno (10 - 15 minutos)

1. Conexões com a prática e o mundo real (5 - 7 minutos): O professor deve ajudar os alunos a fazer conexões entre o que foi aprendido e o mundo real. Algumas sugestões incluem:

   • Discutir casos reais de conflitos entre a preservação das Unidades de Conservação e interesses econômicos. Por exemplo, a construção de hidrelétricas em áreas protegidas, a exploração de minérios e a expansão da agricultura. O objetivo é que os alunos percebam como essas questões são complexas e exigem uma avaliação cuidadosa dos impactos ambientais e benefícios econômicos.

   • Relacionar o tema da aula com a vida cotidiana dos alunos. Por exemplo, a água que eles bebem vem de mananciais protegidos por Unidades de Conservação, muitos alimentos que eles consomem dependem da polinização de insetos que vivem nessas áreas, entre outras conexões. Isso pode ajudar os alunos a perceberem a importância dessas áreas para a sua própria sobrevivência.

   • Mostrar como as ações individuais podem contribuir para a preservação da biodiversidade. Por exemplo, escolher produtos de empresas que respeitam o meio ambiente, reduzir o consumo de carne (principal causa do desmatamento na Amazônia), reciclar e reutilizar materiais para reduzir a produção de lixo, entre outras ações.

2. Reflexão sobre o aprendizado (3 - 5 minutos): O professor deve propor que os alunos reflitam sobre o que foi aprendido na aula. Alguns pontos a serem considerados:

   • Perguntar aos alunos qual foi o conceito mais importante aprendido hoje. Incentivar que eles compartilhem suas respostas e justificativas, reforçando que não há uma resposta certa ou errada, mas sim diferentes perspectivas que podem ser valorizadas.

   • Solicitar que os alunos identifiquem quais questões ainda não foram respondidas. Essas perguntas podem ser usadas para orientar a pesquisa autônoma dos alunos após a aula ou para planejar futuras aulas sobre o tema.

3. Feedback do professor (2 - 3 minutos): O professor deve dar um feedback sobre a aula, comentando sobre a participação dos alunos, os pontos fortes e as áreas que precisam ser melhoradas. Isso pode ajudar a criar um ambiente de aprendizado mais eficaz e motivador.

Esta etapa de retorno é crucial para consolidar o aprendizado dos alunos, ajudá-los a fazer conexões com a prática e o mundo real, e fortalecer a sua capacidade de reflexão e autoavaliação. Além disso, o feedback do professor pode contribuir para o contínuo aperfeiçoamento do processo de ensino-aprendizagem.

Conclusão (5 - 10 minutos)

1. Resumo do conteúdo (2 - 3 minutos): O professor deverá realizar um breve resumo dos principais pontos discutidos durante a aula, relembrando conceitos-chave como Unidades de Conservação, Área de Preservação Permanente, Reserva Legal e Biodiversidade. Deve-se reforçar a importância destas áreas para a manutenção da biodiversidade, e como a degradação destas áreas pode afetar negativamente a vida das pessoas e do planeta.

2. Conexão entre teoria, prática e aplicações (2 - 3 minutos): O professor deverá destacar como a aula conectou a teoria (conceitos e princípios), a prática (discussão das situações-problema e criação do mapa conceitual) e as aplicações (conexões com o mundo real e a vida cotidiana dos alunos). O objetivo é mostrar aos alunos que o conhecimento não é algo abstrato, mas algo que tem implicações práticas e pode ser aplicado para resolver problemas reais.

3. Sugestão de materiais extras (1 - 2 minutos): Para aprofundar o entendimento dos alunos sobre o assunto, o professor pode sugerir alguns materiais extras para estudo, como:

   • Documentários sobre a biodiversidade brasileira e as ameaças que ela enfrenta (por exemplo, "O Milagre de Santa Luzia" sobre a biodiversidade do Cerrado, "Amazônia Eterna" sobre a Floresta Amazônica, entre outros).

   • Livros e artigos científicos sobre a conservação da biodiversidade (por exemplo, "A Diversidade da Vida" de Edward O. Wilson, "O Futuro da Vida" também de Edward O. Wilson, entre outros).

   • Sites de organizações ambientais que trabalham para a conservação da biodiversidade (por exemplo, WWF, Greenpeace, SOS Mata Atlântica, entre outros).

4. Relevância do assunto (1 - 2 minutos): Por fim, o professor deve enfatizar a relevância do assunto para o dia a dia dos alunos, mostrando que a conservação da biodiversidade não é apenas uma questão ambiental, mas também social e econômica. Deve-se ressaltar que a perda de biodiversidade pode afetar a qualidade de vida das pessoas, comprometer a segurança alimentar, a disponibilidade de água potável, a estabilidade do clima, entre outros. Além disso, deve-se destacar que cada um pode fazer a diferença, seja através de pequenas ações cotidianas ou de envolvimento em causas ambientais.

A conclusão é uma parte essencial da aula, pois permite consolidar o conhecimento adquirido, conectar a teoria com a prática e o mundo real, e motivar os alunos a continuar aprendendo sobre o assunto.