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Plano de aula de Tipologia Narrativa: Relato de Experiência Vivida

Português

Original Teachy

'EF67LP02'

Tipologia Narrativa: Relato de Experiência Vivida

Introdução à Aula: Relato de Experiência Vivida (≈ 5 minutos)

Lesson Topic Image

Materiais Necessários: Quadro branco, Flipchart, Canetas coloridas, Cartões, Post-its, Relato de experiência própria (texto curto em primeira pessoa), Relato de terceiros (trecho de reportagem ou blog), Ficha de análise com três colunas, Checklist simples de autoavaliação, Esqueleto de frases

Palavras-chave: relato, narrativa, voz narrativa, primeira pessoa, terceira pessoa, experiência vivida, comparação textual, produção textual, avaliação formativa, diferenciação

  1. Gancho – ativando memórias
  • Solicite que cada aluno feche os olhos por 20 segundos e recorde um momento marcante que viveu na escola (uma excursão, apresentação ou atividade).
  • Peça que, em voz baixa para o colega ao lado, compartilhem em uma frase esse acontecimento (“No recreio de sexta passada, eu tentei equilibrar no muro e quase caí”).
  1. Conexão com o gênero
  • No quadro, escreva: Relato de experiência vivida. Pergunte: “Que tipo de texto usamos para registrar essa lembrança que vocês acabaram de contar?”
  • Acolha respostas e complemente:
    • É um texto em que quem narra descreve uma experiência pessoal.
    • Tem voz em primeira pessoa, expressões de memória (“lembrei”, “aquele dia”) e diálogo entre passado e presente.
  1. Objetivos da aula
  • Explique brevemente o que faremos hoje:
    • Reconhecer as características de um relato em primeira pessoa e de um relato em terceira pessoa.
    • Comparar ambos para entender como a escolha da voz narrativa muda o tom e as informações.
    • Produzir um pequeno texto próprio e depois reescrevê-lo como se fosse de terceiros.
  1. Organização do tempo
  • Informe:
    • Análise comparativa em duplas: 15 min.
    • Produção dos textos: 20 min.
    • Socialização e fechamento: 10 min.

Com esse início, os alunos já estarão conectados ao tema e preparados para explorar, comparar e produzir seus próprios relatos de experiência vivida.


Ativação do Conhecimento Prévio
Série: 7º ano
Tempo estimado: 7 minutos

Objetivo

  • Conectar os alunos às próprias vivências e ao conceito de relato de experiência vivida.
  • Identificar, de forma oral e rápida, marcas de voz narrativa e tempo verbal.

Recursos

  • Quadro branco ou flipchart
  • Canetas coloridas
  • Cartões ou post-its

Passos

  1. Proposta de Registro Rápido (2 min)

    • Cada aluno recebe um post-it.
    • Pedir que anotem, em uma frase, “uma experiência escolar marcante” (por exemplo, uma feira, excursão, apresentação).
  2. Compartilhar em Duplas (2 min)

    • Em duplas, cada um lê sua frase e identifica:
      • Se usou “eu” ou outro pronome;
      • Um detalhe pessoal (emoção, opinião) ou dado objetivo (data, local).
  3. Construção Coletiva no Quadro (2 min)

    • No quadro, desenhar duas colunas: “1ª pessoa/subjetivo” e “3ª pessoa/objetivo”.
    • Convidar voluntários a colar seus post-its na coluna correspondente, dizendo rapidamente “por que escolhi essa coluna”.
  4. Perguntas de Orientação (1 min)

    • Quais expressões revelam mais sentimento?
    • Em qual relato apareceram datas ou nomes de lugares?

Dicas de Mediação

  • Estimule respostas breves: cada dupla tem 30 segundos para compartilhar.
  • Se necessário, modele rapidamente um exemplo no quadro antes da atividade.
  • Use cores diferentes para destacar pronomes (“eu”, “ele/ela”) e marcadores temporais (“ontem”, “hoje”).

Resultado Esperado
Ao final, todos visualizam no quadro como relatos em primeira pessoa tendem a enfatizar percepções e emoções, enquanto relatos em terceira pessoa trazem contexto e objetividade — preparando-os para a análise comparativa que virá a seguir.


Atividade Principal: Explorando e Comparando Relatos de Experiência Própria e de Terceiros

Objetivo da Atividade:
Permitir que os alunos reconheçam e analisem as características estruturais de relatos de experiência vivida, diferenciando narrativas em primeira pessoa (próprias) e em terceira pessoa (de terceiros), e, a partir disso, produzam seus próprios textos.

1. Preparação (5 minutos)

  • Organize a sala em duplas ou trios heterogêneos (níveis variados de domínio de escrita).
  • Distribua para cada grupo:
    • Um relato de experiência própria (texto curto em primeira pessoa).
    • Um relato de terceiros (trecho de reportagem ou blog em terceira pessoa).
  • Entregue uma ficha de análise com três colunas:
    1. Ítem de análise (voz narrativa, tempo verbal, detalhes pessoais, tom subjetivo/objetivo)
    2. Características no relato próprio
    3. Características no relato de terceiros

2. Análise Comparativa (15 minutos)

  1. Leitura silenciosa (2–3 min): cada dupla lê os dois textos.
  2. Discussão guiada (7–8 min): oriente grupos a preencher a ficha de análise, respondendo:
    • Por que o texto em primeira pessoa enfatiza emoções e percepções?
    • Como o relato em terceira pessoa insere informações de contexto (data, local, fontes)?
    • Que escolhas de vocabulário revelam maior distanciamento ou objetividade?
  3. Registro no quadro (5 min): solicite que cada grupo compartilhe um exemplo de cada coluna; destaque padrões.

3. Produção de Textos (20 minutos)

  1. Rascunho do relato próprio (8 min): peça a cada aluno que escreva, em primeira pessoa, um breve relato (5–7 linhas) sobre uma experiência escolar marcante (por exemplo, apresentação, excursão, projeto).
  2. Transformação em relato de terceiros (8 min): instrua o aluno a copiar seu próprio texto, reescrevendo-o em terceira pessoa e adotando tom mais informativo (retirar “eu”, incluir referências temporais e descrições objetivas).
  3. Autoavaliação e revisão (4 min): entregue um checklist simples para que o aluno verifique se incluiu: voz narrativa adequada, tempo verbal consistente, detalhes pessoais ou contextuais.

4. Socialização e Feedback (5 minutos)

  • Selecione 2–3 pares de versões (própria e de terceiros) para leitura rápida.
  • Estimule colegas a apontar: “O que mudou no tom? Que informações novas apareceram?”
  • Encerre destacando como a escolha da voz narrativa altera a percepção do leitor.

Dicas para o Professor

  • Monitore grupos, oferecendo dicas pontuais a quem confunde tempo verbal ou voz narrativa.
  • Para alunos com dificuldade de escrita, forneça um esqueleto de frases (ex.: “No dia X, ele/ela percebeu que…”).
  • Para alunos avançados, desafie-os a incluir diálogos curtos ou descrições sensoriais mantendo a imparcialidade no relato de terceiros.
  • Use lembretes visuais no quadro: 1ª pessoa = subjetivo; 3ª pessoa = objetivo.

Recursos Externos


Avaliação Formativa e Checagem de Entendimento

1. Objetivo Pedagógico

Monitorar continuamente como os alunos compreendem o conceito de relato de experiência vivida e identificar se conseguem diferenciar experiência própria de experiência de terceiros. Ao final, aplicar tarefa de consolidação que reforce essas habilidades.

2. Técnicas e Ferramentas de Monitoramento

  1. Sinal de Mãos
    • Cada aluno levanta o polegar se entendeu bem ou o indicador se tiver dúvida.
    • Propósito: resposta instantânea e sem constrangimento.
  2. Post-its de Duplo-tópico
    • Metade escrevem no post-it um exemplo de experiência própria, a outra metade um exemplo de experiência de terceiros.
    • Cole na lousa em colunas “Próprio” e “Terceiros”.
    • Propósito: visualização rápida de que tipo de relato cada aluno associou.
  3. Questionário Rápido (3 perguntas)
    • Distribua breve formulário impresso ou via plataforma digital com perguntas como:
      1. Cite uma característica do relato de experiência vivida.
      2. Como você distingue memória pessoal de narração de outro autor?
      3. Qual o papel do diálogo entre “ontem” e “hoje” no texto?
    • Propósito: avaliar compreensão de forma mais estruturada antes da tarefa de escrita.

3. Caso Prático: Uso de Post-its para “Agora” vs. “Ontem”

  • Contexto: Os alunos estudam o gênero e já leram um trecho de exemplo sobre uma visita a um asilo.
  • Procedimento:
    1. Peça que anotem um fato que viveram “ontem” e como se sentem “agora” sobre esse fato, em um post-it.
    2. Organizem-no em duas colunas.
    3. Conduza discussão rápida: quem percebeu o diálogo temporal entre “ontem” e “agora”? Quais termos indicam essa relação?
  • Propósito: trabalhar a marca temporal do gênero e ao mesmo tempo checar interpretações.

4. Perguntas-Chave para Mediação

  • “Como a ordem dos eventos reforça a relação entre passado e presente no relato?”
  • “Quais verbos ou expressões de memória vocês identificaram no texto?”
  • “O que difere seu exemplo pessoal da experiência de terceiros? Cite uma pista no texto.”

5. Dicas de Gestão e Diferenciação

  • Para alunos com maior dificuldade: ofereça lista de expressões temporais (“lembrei”, “naquele dia”, “hoje percebo”) para que eles identifiquem no texto.
  • Para alunos avançados: proponha comparar dois trechos de relatos de colegas, apontando semelhanças e diferenças de estilo e marcas de gênero.
  • Mantenha tempo rígido para sinais de mão (30 segundos) e para respostas em post-its (2 minutos), evitando dispersão.

6. Tarefa de Consolidação (15 minutos)

  1. Peça que escrevam um parágrafo (8–10 linhas) sobre uma pequena ação social que vivenciaram na escola, usando:
    • Diálogo entre o passado recente e o presente de quem relembra.
    • Marcas do gênero (primeira pessoa, expressões de memória, diálogo temporal).
  2. Circulação: o professor oferece feedback qualitativo (sem nota), elogiando identificações corretas de “agora”/“ontem” e sugerindo ajustes em pontos em que faltam pistas temporais.
  3. Coletar os textos ao final para usar em próxima aula como material de leitura e comparação.

Recursos Recomendados


Leitura Adicional e Recursos Externos

A seguir, você encontra uma seleção de recursos de qualidade para aprofundar o estudo de relato de experiência vivida. Cada link traz fundamentação teórica, exemplos práticos ou sequências didáticas que apoiam o planejamento de aulas, a análise de produções e o processo de feedback.

  1. Sequência Didática em Tecnologia Digital: Gênero Relato de Experiência Vivida
    Descrição: Documento da UTFPR que apresenta uma sequência completa de atividades sobre o gênero relato de experiência vivida. Contém objetivos, etapas de produção e avaliação formativa. Útil para estruturar seu planejamento, inserir atividades em ambiente digital e acompanhar o desenvolvimento dos estudantes.

  2. Referências Básicas para Análise de Relato Pessoal de Experiência Vivida
    Descrição: Artigo que detalha os componentes essenciais de um relato — como apresentação de datas, horários e marcadores de temporalidade — e sugere critérios para analisar textos dos alunos. Serve como roteiro para oferecer feedback objetivo e apoiar a avaliação diagnóstica.

  3. Retextualização de Textos Didáticos de História com Mapas Conceituais
    Descrição: Estudo de caso publicado na Revista Brasileira de Educação que relata experiência de alunos criando mapas conceituais a partir de relatos de prática de História. Excelente exemplo de atividade interdisciplinar que estimula a organização de informações e o uso de recursos visuais.

  4. Práticas Pedagógicas na Sala de Recursos
    Descrição: Relatório de experiência coletiva com alunos que combina relato de vivência e recurso ilustrativo. Fornece orientações para adaptar atividades a diferentes perfis — especialmente estudantes com dificuldades de leitura e escrita — e destaca o papel de imagens como suporte ao texto.

  5. Currículo em Movimento – Ensino Fundamental (DF)
    Descrição: Manual do DF que aborda recursos midiáticos e características de comunicação e informação. Oferece sugestões de vídeos, podcasts e suportes multimodais para enriquecer a produção de relatos de experiência vivida e estimular a alfabetização digital.

Exemplo Prático de Uso

Caso de estudo: inspirando-se no artigo da SciELO, você pode propor aos alunos a retextualização de um relato sobre “visita ao museu local”.

  • Primeiro, coletam depoimentos orais em duplas;
  • Em seguida, organizam as ideias em mapa conceitual;
  • Por fim, transformam-no em um relato escrito, aplicando critérios extraídos das “Referências Básicas” (datas, horários, sequência de ações).
    Esse fluxo evidencia como combinar teoria e prática fortalece a autonomia na produção textual.

Conclusão e Possíveis Extensões

Atividade de Consolidação

  1. Organize todos em roda e proponha um Mapa de Venn coletivo no quadro, comparando características do relato em primeira e em terceira pessoa. Cada dupla sugere um item para preencher uma das áreas ou a interseção.
  2. Em dupla, realizem um mini-quebra-cabeça textual: recebam trechos embaralhados de relatos próprios e de terceiros e, em 3 minutos, reorganizem-nos corretamente, justificando a escolha de voz narrativa e tempo verbal.

Perguntas de Reflexão

  • De que forma as marcas de primeira pessoa (eu, minhas impressões) influenciam o envolvimento do leitor?
  • Como os marcadores de tempo (no dia X, horas depois) conferem objetividade ao relato de terceiros?
  • Em qual dos dois relatos você percebeu mais emoções explícitas e por quê?
  • Se você lesse apenas o relato em terceira pessoa, o que perderia em relação ao texto em primeira pessoa?
  • Como essa distinção entre vozes narrativas pode ajudar outras áreas — por exemplo, em Ciências ou História?

Extensões e Projetos Futuros

  • Proposta de aprofundamento para estudantes interessados: entrem em duplas, entrevistem um colega sobre uma experiência marcante e elaborem dois relatos — um próprio (transcrevendo o depoimento em primeira pessoa) e outro de terceiros (transformando-o em texto impessoal).
  • Projeto de sala: organizem um mural de memórias escolares, com post-its coloridos. Cada aluno escreve, em primeira pessoa, um fato marcante, e, ao lado, um colega reescreve aquele post-it em terceira pessoa, destacando informações contextuais (data, local, personagens).
  • Atividade interdisciplinar: registrem em pequeno vídeo (1–2 minutos) um relato pessoal. Depois, adaptem esse conteúdo para um texto de divulgação escolar, usando a voz de terceiros e acompanhando de fotos ou legendas objetivas.

Cada uma dessas extensões reforça a compreensão de como a escolha da voz narrativa e da estrutura textual impacta a recepção da informação e estimula a aplicação prática em diferentes formatos.

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