Plano de Aula | Metodologia Ativa | Imperialismo Europeu na Ásia e na África

Premissas: Este Plano de Aula Ativo pressupõe: uma aula de 100 minutos de duração, estudo prévio dos alunos tanto com o Livro, quanto com o início do desenvolvimento do Projeto e que uma única atividade (dentre as três sugeridas) será escolhida para ser realizada durante a aula, já que cada atividade é pensada para tomar grande parte do tempo disponível.

Objetivos

Duração: (5 - 10 minutos)

A etapa de Objetivos visa estabelecer claramente o que se espera alcançar ao final da aula, direcionando o foco dos alunos para os aspectos cruciais do imperialismo europeu na Ásia e na África. Este momento é essencial para alinhar as expectativas e preparar os alunos para a análise crítica e aprofundada dos impactos históricos e contemporâneos do imperialismo, como também para fomentar habilidades de pensamento crítico e debate.

Objetivos principais:

1. Analisar as causas do imperialismo europeu na Ásia e na África, identificando os aspectos políticos, econômicos, sociais e culturais envolvidos.

2. Desenvolver a capacidade de argumentação dos alunos ao discutirem os impactos do imperialismo em diferentes sociedades fora da Europa.

Objetivos secundários:

1. Incentivar a curiosidade e o interesse profundo dos alunos pelos eventos históricos estudados, promovendo assim uma aprendizagem mais significativa.

Introdução

Duração: (15 - 20 minutos)

A Introdução tem como propósito engajar os alunos com o tópico do imperialismo europeu na Ásia e na África, utilizando situações problema que incentivam a reflexão crítica sobre o impacto do imperialismo em diferentes contextos. A contextualização busca conectar o conteúdo histórico com eventos reais e significativos, despertando a curiosidade e preparando o terreno para uma compreensão mais profunda e crítica dos temas que serão explorados em sala.

Situações Problema

1. Imagine que você é um líder africano no final do século XIX. Como você lidaria com as crescentes pressões e ameaças de potências europeias que desejam explorar e colonizar seu território?

2. Pense em um comerciante chinês durante a primeira metade do século XIX. Como a imposição de tratados desiguais pelos britânicos e a opressão em áreas como o comércio de ópio afetariam suas práticas comerciais e sua visão do Ocidente?

Contextualização

Para entender a relevância do imperialismo europeu na Ásia e na África, é crucial contextualizar com exemplos concretos. Por exemplo, a Conferência de Berlim (1884-1885), na qual as potências europeias dividiram o continente africano sem consultar os povos locais, ilustra a dimensão do poder sobre o qual discutiremos. Além disso, curiosidades como a influência do comércio de chá na expansão britânica na Índia ou as revoltas anti-imperialistas na China, como a Revolta dos Boxers, oferecem uma perspectiva dinâmica e detalhada do impacto do imperialismo.

Desenvolvimento

Duração: (70 - 75 minutos)

A etapa de Desenvolvimento é projetada para permitir que os alunos apliquem e aprofundem o conhecimento adquirido sobre o imperialismo europeu na Ásia e na África. As atividades propostas visam engajar os estudantes em simulações e projetos práticos que reproduzem, de forma controlada, os cenários e dilemas reais enfrentados durante a era imperialista. Este método não só facilita a compreensão dos aspectos políticos, econômicos, sociais e culturais do imperialismo, mas também desenvolve habilidades de pensamento crítico, estratégia, argumentação e trabalho em equipe.

Sugestões de Atividades

Recomenda-se que seja realizada apenas uma das atividades sugeridas

Atividade 1 - Conquistadores de Territórios

> Duração: (60 - 70 minutos)

- Objetivo: Desenvolver habilidades de análise crítica e estratégia, além de compreender as justificativas por trás do imperialismo.

- Descrição: Nesta atividade, os alunos serão divididos em grupos de até 5 pessoas e cada grupo representará uma potência imperialista (como Reino Unido, França, Alemanha, etc.) que deseja expandir seu domínio na Ásia ou na África. Eles receberão mapas e informações sobre recursos locais e populações, e deverão planejar estratégias de ocupação, incluindo justificativas econômicas, políticas e sociais para a exploração desses territórios.

- Instruções:

• Divida a classe em grupos de até 5 alunos.

• Distribua mapas e informações específicas para cada grupo, incluindo recursos naturais, populações locais e desejos de independência.

• Os alunos devem discutir e planejar uma estratégia de ocupação, considerando aspectos como economia, política e cultura.

• Cada grupo deve criar um pequeno relatório que inclua sua estratégia, os impactos esperados e como justificarão essa ação para a opinião pública internacional.

• Apresente os relatórios para a classe, seguido de uma discussão sobre as diferentes abordagens e suas consequências.

Atividade 2 - O Debate dos Tratados Desiguais

> Duração: (60 - 70 minutos)

- Objetivo: Fomentar o entendimento das dinâmicas de poder e negociação durante o imperialismo e suas consequências duradouras.

- Descrição: Os alunos, organizados em grupos, irão simular uma conferência internacional onde representarão diferentes nações asiáticas e africanas, bem como potências europeias, discutindo os impactos dos chamados 'Tratados Desiguais'. O objetivo é que cada grupo defenda seus interesses e negocie condições mais favoráveis, baseando-se em argumentos históricos e contemporâneos.

- Instruções:

• Organize a sala em um formato de mesa redonda para simular uma conferência.

• Atribua a cada grupo um papel (nação asiática, africana ou potência europeia) e um conjunto de tratados desiguais para discutir.

• Os grupos devem preparar argumentos baseados em pesquisas prévias e estratégias para melhorar suas condições.

• Realize a conferência, permitindo que cada grupo apresente seus argumentos e negocie com os outros participantes.

• Conclua com uma reflexão sobre como os tratados desiguais afetaram o curso da história e suas repercussões atuais.

Atividade 3 - Cartografia do Poder Imperialista

> Duração: (60 - 70 minutos)

- Objetivo: Promover o entendimento visual e espacial da expansão imperialista e suas implicações territoriais e geopolíticas.

- Descrição: Esta atividade envolve os alunos na criação de um grande mapa-múndi na sala, onde irão marcar, com diferentes cores e símbolos, as áreas de influência das potências coloniais na Ásia e na África. O exercício inclui a análise de tratados, guerras e acordos para demarcar essas esferas de influência.

- Instruções:

• Prepare o espaço na sala para a criação do mapa-múndi com papel pardo ou outro material grande e suficiente.

• Forneça aos alunos cópias de tratados, mapas históricos e outras fontes para ajudar na demarcação das áreas de influência.

• Oriente os alunos a pesquisar e discutir em grupo para decidir como marcar as diferentes potências e suas áreas de influência no mapa.

• Implemente as marcações no mapa, com cada grupo responsável por uma região ou potência.

• Ao final, discuta o mapa completo, destacando as estratégias e consequências do imperialismo representadas.

Retorno

Duração: (15 - 20 minutos)

A finalidade desta etapa é permitir que os alunos articulem e avaliem criticamente o conhecimento adquirido através das atividades práticas. A discussão em grupo facilita a troca de ideias, aprofunda a compreensão do tema e promove habilidades de argumentação e pensamento crítico. Este momento também serve para que o professor avalie o entendimento dos alunos sobre o imperialismo, podendo esclarecer dúvidas e reforçar conceitos chave.

Discussão em Grupo

Após a conclusão das atividades práticas, reúna todos os alunos para uma discussão em grupo. Inicie a sessão com uma breve introdução, lembrando os alunos que o objetivo é compartilhar insights e reflexões obtidos durante as simulações. Sugira que cada grupo comece por apresentar um resumo das estratégias adotadas e das conclusões alcançadas. Encoraje os alunos a serem críticos e a discutir tanto os sucessos quanto as dificuldades encontradas durante as atividades.

Perguntas Chave

1. Quais foram os principais desafios que seu grupo enfrentou ao tentar expandir seu domínio na Ásia ou na África durante a atividade?

2. Como as estratégias de ocupação e as justificativas desenvolvidas por seu grupo refletem as políticas reais adotadas pelas potências imperialistas?

3. De que maneira o imperialismo estudado afeta as relações globais e as dinâmicas atuais de poder?

Conclusão

Duração: (10 - 15 minutos)

A finalidade da etapa de Conclusão é consolidar o aprendizado, assegurando que os alunos tenham uma compreensão clara e integrada do Imperialismo Europeu na Ásia e na África e de suas implicações atuais. Além disso, visa reforçar a ligação entre teoria e prática, demonstrando como os conceitos históricos se aplicam em contextos práticos e contemporâneos. Esta reflexão final ajuda os alunos a valorizar a importância do estudo da História para a formação de cidadãos críticos e conscientes.

Resumo

Na conclusão da aula, o professor deve resumir os principais pontos discutidos sobre o Imperialismo Europeu na Ásia e na África, destacando as causas, os impactos políticos, econômicos, sociais e culturais, assim como as estratégias adotadas pelas potências coloniais. É essencial recapitular as atividades práticas realizadas e os insights obtidos durante a discussão em grupo, garantindo que os alunos tenham uma visão clara e consolidada do tema.

Conexão com a Teoria

Durante a aula, a conexão entre a teoria estudada e a prática foi estabelecida por meio de atividades que simularam cenários reais do imperialismo, permitindo aos alunos experimentar de forma controlada as dinâmicas de poder e as consequências das políticas imperialistas. Isso não só reforçou o entendimento teórico, como também desenvolveu habilidades críticas e analíticas, essenciais para a aplicação do conhecimento histórico em contextos contemporâneos.

Fechamento

Para encerrar, é crucial destacar a relevância do estudo do imperialismo para a compreensão das relações globais atuais e para o desenvolvimento de uma consciência crítica sobre as questões de poder, exploração e justiça no mundo. Compreender esses eventos históricos ajuda a perceber como o passado molda o presente e pode influenciar o futuro, incentivando os alunos a refletir sobre suas próprias responsabilidades como cidadãos globais.