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Plano de aula de Termodinâmica: Energia Interna de um Gás

Lara da Teachy


Física

Original Teachy

'EM13CNT102'

Termodinâmica: Energia Interna de um Gás

Termologia

Lesson Topic Image

Materiais Necessários: Seringa sem agulha (50 mL), Termômetro de superfície (opcional), Cartões “V” e “F”, Projetor, Cartaz com afirmações numeradas, Quadro branco dividido em três colunas, Cronômetro visível, Kit termodinâmico com cilindro e pistão móvel, Termômetro de resposta rápida, Bomba de ar manual

Palavras-chave: Energia Interna, Gás Ideal, Termodinâmica, Compressão, Isotérmico, Adiabático, ΔU, Simulação PhET, Experimento com pistão, Avaliação Formativa

Introdução da Aula

Atividade de Abertura Motivadora

Tempo estimado: 5 minutos
Materiais por grupo:

  • 1 seringa sem agulha (50 mL)
  • (Opcional) termômetro de superfície

Propósito pedagógico: Proporcionar experiência direta do aumento de temperatura em um gás durante compressão, preparando terreno para a definição de energia interna.

Passo a passo:

  1. Solicite a um aluno que segure a seringa pela lateral, sem tampar a saída do êmbolo.
  2. Peça a outro aluno que comprima o êmbolo de forma rápida e uniforme por 5 segundos.
  3. Oriente os demais a tocarem cuidadosamente a lateral da seringa antes e após a compressão.
  4. Se disponível, posicione o termômetro de superfície e registre a variação de temperatura.

Perguntas-chave para conduzir a reflexão:

  • O que vocês sentiram na superfície da seringa após a compressão?
  • Por que a temperatura do gás aumentou, mesmo sem contato direto com o calor?
  • Onde se “armazena” essa energia resultante da compressão?
  • Como podemos nomear essa forma de energia interna do gás?

Definição de Objetivos e Relevância do Conteúdo

Objetivos da aula

  • Compreender o conceito de energia interna em um gás.
  • Calcular variações de energia interna em processos isotérmicos e adiabáticos simples.

Relevância
O entendimento da energia interna de um gás fundamenta o estudo de máquinas térmicas, sistemas de refrigeração e fenômenos naturais, como a formação de correntes de ar quente e a eficiência de motores. Dessa forma, os alunos perceberão aplicação prática tanto em tecnologias cotidianas quanto em fenômenos ambientais.


Atividade de Aquecimento e Ativação

Objetivo pedagógico: Despertar concepções prévias sobre calor, temperatura e energia interna de gases, identificando possíveis inconsistências antes da aula expositiva.

Quiz Relâmpago com Cartões Verdadeiro/Falso (5–7 min)

  1. Materiais necessários

    • Cartões “V” e “F” (verdadeiro/falso) para cada estudante.
    • Projetor ou cartaz com as afirmações numeradas.
  2. Passo a passo para o professor

    1. Entregue um par de cartões “V” e “F” a cada aluno ao entrarem em sala.
    2. Explique brevemente que farão um teste rápido: você exibirá afirmações; eles levantarão V ou F.
    3. Exiba a primeira afirmação e dê 20 segundos para cada grupo pensar e votar.
    4. Após a votação, peça a um ou dois alunos para justificarem o voto.
    5. Repita para todas as afirmações (veja as sugestões abaixo).
    6. Ao final, destaque rapidamente a diferença entre temperatura e energia interna.
  3. Afirmações sugeridas

    1. “Se dois corpos estão à mesma temperatura, têm a mesma quantidade de energia interna.”
    2. “Ao fornecer calor a um gás confinado, suas moléculas movem-se mais rapidamente.”
    3. “Temperatura e quantidade de substância são fatores que influenciam a energia interna de um gás.”
  4. Perguntas de sondagem

    • Por que podemos ter corpos à mesma temperatura com energias internas diferentes?
    • Como a massa ou o tipo de substância afeta a energia interna de um gás?
  5. Dicas de condução

    • Mantenha o ritmo: limite cada rodada a 1 minuto (voto + justificativa).
    • Incentive justificativas curtas e objetivas (1 a 2 frases).
    • Registre no quadro as principais ideias ou dúvidas que surgirem.
    • Se algum grupo ficar em dúvida, oriente-o a relacionar temperatura a movimento molecular.
  6. Propósito pedagógico

    • Ativar conceitos prévios: revela como cada aluno entende temperatura x energia interna.
    • Identificar mitos e lacunas: embasar pontos que precisarão de ênfase durante a explicação.
    • Engajar rapidamente a turma: formato dinâmico promove participação ativa desde o início.

Explorando a Energia Interna de um Gás

Objetivo Pedagógico

Aprofundar o conceito de energia interna de um gás e desenvolver habilidade de cálculo de ΔU por meio de experimentação, simulação e exercícios guiados.

Materiais

  • Kit termodinâmico com cilindro e pistão móvel
  • Termômetro de resposta rápida
  • Bomba de ar manual
  • Computadores ou tablets com acesso à simulação PhET “Gas Properties”
  • Planilhas impressas para registro de dados e cálculos

1. Experimento com Pistão (15 minutos)

Propósito pedagógico: permitir que alunos observem variação de temperatura e pressão, conectando medições ao cálculo de energia interna.

  1. Organize a turma em grupos de 3–4 alunos.
  2. Instrua cada grupo a:
    • Posicionar o termômetro dentro do cilindro e fechar o pistão em volume inicial de 1 L.
    • Registrar pressão (P₁) e temperatura (T₁).
  3. Peça que apliquem 10 compressões com a bomba para reduzir o volume a aproximadamente 0,7 L.
  4. Solicite registro de P₂ e T₂.
  5. Calcular a variação de energia interna usando ΔU = n·Cv·(T₂–T₁).
    • Determine n a partir da massa ou condições iniciais.
    • Use Cv = 3/2 R para gás monoatômico.

Perguntas de Checagem:

  • Como a temperatura reagiu à compressão?
  • Qual o efeito dessa variação na energia interna?
  • Por que empregamos Cv em vez de Cp neste experimento?

Dica de diferenciação: forneça tabela com valores preenchidos de R e Cv para alunos que precisem de suporte extra.


2. Simulação Virtual PhET (10 minutos)

Propósito pedagógico: comparar processos adiabático e isotérmico, reforçando a relação entre trabalho, calor e ΔU.

  1. Oriente cada dupla de alunos a acessar “Gas Properties”.
  2. No modo adiabático, ajuste volume de 1 L para 0,5 L e observe T e P.
  3. Anote valores e calcule ΔU.
  4. Repita em modo isotérmico, comparando resultados.

Perguntas para discussão rápida:

  • Por que em processo isotérmico ΔU = 0?
  • Qual das duas simulações apresentou maior variação de energia interna?

3. Exercícios Guiados (10 minutos)

Propósito pedagógico: consolidar cálculo de ΔU em diferentes condições de gás ideal.

Distribua planilha com dois problemas:

  1. Aquecimento de 2 mols de gás monoatômico (Cv = 3/2 R) de 300 K a 450 K a volume constante.
  2. Expansão livre de 1 mol de gás diatômico (Cv = 5/2 R).

Peça que:

  • Calculem ΔU em cada situação.
  • Verifiquem unidades e sinal de ΔT.

Revise respostas no quadro, reforçando vínculo entre ΔT e ΔU.


Fechamento e Conexões (5 minutos)

  • Cada grupo compartilha um insight sobre aplicações práticas (motores, refrigeração).
  • Reforce: energia interna = soma das energias cinética e potencial das partículas.
  • Sugira leitura complementar de artigo sobre ciclos termodinâmicos em motores de combustão.

Avaliação e Verificações de Compreensão

Checagem Formativa 1: Quiz Relâmpago no Quadro

Objetivo: Diagnosticar rapidamente a compreensão conceitual de energia interna de gases.
Materiais: Quadro branco dividido em três colunas (Pergunta | Resposta | Justificativa).
Procedimentos:

  1. Escreva no quadro estas três perguntas:
    1. O que representa a energia interna de um gás?
    2. Como varia U quando a temperatura de um gás ideal aumenta?
    3. Se duplicarmos o número de mols (n) mantendo a temperatura constante, o que acontece com U?
  2. Organize os alunos em duplas; dê 1 minuto para discussão de cada pergunta.
  3. Cada dupla anota no quadro sua resposta e uma justificativa sucinta (máx. 2 linhas).
  4. Colete e compare as respostas, identificando rapidamente conceitos confusos.

Perguntas-chave para sondagem:

  • “Por que a energia interna depende da temperatura e não da pressão diretamente?”
  • “Como a fórmula U = (3/2)·n·R·T justifica a influência de n e T em U?”

Gestão de tempo e sala:

  • Defina timer visível para cada pergunta.
  • Circule para estimular a troca e corrigir equívocos imediatamente.

Propósito pedagógico:
Permite ao professor ajustar explicações em tempo real, focando em lacunas conceituais.


Checagem Formativa 2: Exercício Guiado em Duplas

Objetivo: Verificar aplicação da fórmula de energia interna em cálculos práticos.
Materiais: Folha de exercícios com dois problemas numéricos.
Exemplos de enunciado:

  1. Balão com 0,5 mol de gás monoatômico ideal a 300 K. Calcule U.
  2. Recipiente com 1 mol de H₂ a 350 K; mostre como usar γ=5/3 para justificar o modelo monoatômico.

Procedimentos:

  1. Distribua a folha; dê 15 min para resolução em duplas.
  2. Enquanto trabalham, faça perguntas de acompanhamento:
    • “Você está usando a constante R adequada (8,314 J/mol·K)?”
    • “Qual hipótese do gás ideal se aplica aqui e por quê?”
  3. Peça que cada dupla entregue as respostas; devolva correções rápidas (2 min) com comentários orais.

Propósito pedagógico:
Promove consolidação de cálculos e reforça a interpretação física dos resultados.


Avaliação Somativa: Mini-Prova Escrita (20 min)

Objetivo: Mensurar de forma estruturada o domínio conceitual e procedimental.
Componentes da prova:

  1. Questão objetiva (2 pts): definições e fatores que influenciam energia interna.
  2. Questão dissertativa curta (3 pts): explique variação de U em transformação isobárica.
  3. Problema numérico (5 pts): calcule U inicial e final para dado ΔT e n.

Critérios de correção:

  • Clareza na definição e uso de termos (2,0 pts)
  • Coerência lógica no texto dissertativo (3,0 pts)
  • Precisão nos cálculos e uso correto de unidades (5,0 pts)

Diferenciação:

  • Disponibilize fichas de fórmulas para alunos com necessidade de apoio.
  • Inclua pergunta bônus sobre variação de volume para estudantes avançados.

Autoavaliação e Metacognição

Objetivo: Estimular reflexão sobre pontos fortes e fracos.
Procedimentos:

  • Distribua ficha com perguntas:
    • Em qual tipo de questão me senti mais seguro? Por quê?
    • O que preciso revisar para aprimorar meu entendimento de energia interna?
  • Recolha fichas para planejar revisão personalizada.

Leitura Adicional e Recursos Externos

Para aprofundar o estudo da energia interna de um gás, oriente os alunos a consultarem estes recursos após a aula ou em atividades de estudo dirigido. Cada material traz um formato distinto (vídeo, artigo, simulação) e pode ser integrado de acordo com o perfil da turma.

  • Energia Interna de Gases – Explicação Simples
    Vídeo curto que ilustra graficamente como a energia cinética e potencial das moléculas compõem a energia interna. Use antes de resolver exercícios para reforçar conceitos visuais.

  • Entendendo a Energia Interna de um Gás Ideal
    Animação didática sobre a relação entre temperatura e energia interna em gases ideais. Peça aos alunos que anotem dúvidas para discussão em sala.

  • Resumo de Energia Interna de um Gás
    Texto expositivo com definição formal, equações e exemplos de cálculo da energia interna. Indique como leitura complementar para reforçar a base teórica antes de atividades práticas.

  • Termologia: Temperatura, Calor e Escalas Termométricas
    Material interativo que aprofunda a conversão entre escalas termométricas e a distinção entre calor e temperatura. Utilize para sanar dúvidas sobre como a temperatura afeta diretamente a energia interna.

  • Sequência Didática de Termologia
    Documento com propostas de experimentos que diferenciam calor e temperatura, preparando o terreno para compreender por que, em um gás ideal, a energia interna varia apenas com a temperatura. Ideal para atividades em grupos pequenos.


Conclusão da Aula e Extensões

1. Síntese e Revisão Guiada (10 minutos)

Objetivo pedagógico: Consolidar conceitos de energia interna e reforçar o cálculo para diferentes condições de gás.

  1. Peça aos alunos que formem um semicírculo em volta do quadro.
  2. No quadro, desenhe rapidamente um cilindro com pistão, anotando:
    • Temperatura inicial (T₁)
    • Temperatura final (T₂)
    • Quantidade de mols (n)
    • Calor específico a volume constante (Cᵥ)
  3. Conduza a síntese em três perguntas-chaves:
    • O que é energia interna de um gás ideal?
    • Qual a fórmula utilizada para calculá-la em um processo isovolumétrico?
    • Como a variação de temperatura afeta essa energia?

Para cada pergunta, peça que um voluntário explique em voz alta, completando ou corrigindo conforme for necessário.

2. Atividade de Reflexão em Duplas (15 minutos)

Objetivo pedagógico: Estimular a aplicação prática e a argumentação científica.

Instruções para o professor:

  1. Distribua às duplas um breve estudo de caso impresso:
    “Um cilindro contendo 2 mols de gás ideal sofre aquecimento de 300 K para 450 K, sem variação de volume. Calcule ΔU.”
  2. Cada dupla deve:
    • Listar os dados conhecidos (n, ΔT, Cᵥ = 3/2 R).
    • Apresentar passo a passo o cálculo de ΔU = n·Cᵥ·ΔT.
    • Identificar possíveis erros comuns (unidades, sinal de ΔT).
  3. Enquanto trabalham, circule pela sala para:
    • Fazer perguntas direcionadas: “Como sabemos que é processo isovolumétrico?”; “Por que usamos Cᵥ e não Cₚ?”
    • Oferecer pistas se encontrarem dificuldade no uso de R (constante universal).

Atividade para os alunos:

  • Preencham no caderno o cálculo completo e um breve parágrafo (3–4 linhas) explicando o fenômeno físico por trás da variação de energia interna.

3. Extensão: Desafio de Aplicação (10 minutos)

Objetivo pedagógico: Estender o conceito a uma situação real e estimular pesquisa.

  1. Apresente o problema:
    “Em um motor de carro, o gás no cilindro é comprimido de forma quase adiabática. Qual seria o efeito sobre a energia interna se, após a compressão, o gás fosse resfriado de 500 K para 350 K?”
  2. Proponha que cada aluno elabore em casa um relatório curto:
    • Descrição do processo (adiabático vs. isovolumétrico).
    • Cálculo estimado de ΔU, assumindo Cᵥ constante.
    • Indicação de uma aplicação prática (por que esse cálculo importa para a eficiência do motor).

Dica de gestão: Combine devolutiva em sala na aula seguinte, criando um painel de “Boas práticas de relatórios” com trechos destacados das melhores respostas.

4. Dicas de Gestão e Diferenciação

  • Para alunos que terminarem antes: ofereça variações do estudo de caso com diferentes valores de n ou ΔT.
  • Para quem ainda tiver dúvidas: proponha um mini-diálogo individual de 2 minutos explicando o cálculo em voz alta.
  • Mantenha o controle do tempo com um cronômetro visível para toda a turma.
  • Use feedback imediato nas duplas, elogiando formulas corretas e esclarecendo erros conceituais na hora.

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