Objetivos (5 minutos)
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Compreender o conceito de Literatura Marginal, entendendo que este movimento é uma resposta aos padrões literários convencionais e surge da necessidade de expressão das classes menos favorecidas.
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Identificar e analisar as principais características da Literatura Marginal, tais como linguagem coloquial, temáticas sociais e políticas, e a presença de gírias de origem periférica.
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Relacionar a Literatura Marginal com o contexto sociocultural brasileiro, reconhecendo como as obras desse movimento são reflexos de uma realidade marginalizada e periférica.
Objetivos secundários:
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Desenvolver habilidades de leitura crítica e interpretação de textos literários, aplicando-as às obras da Literatura Marginal.
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Fomentar o respeito e a valorização das diferentes formas de expressão cultural, compreendendo a importância da Literatura Marginal para a diversidade literária brasileira.
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Introdução (10 - 15 minutos)
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Revisão de Conteúdos Prévios (3 - 5 minutos): O professor inicia a aula relembrando os alunos sobre os conceitos de movimentos literários, destacando os principais movimentos literários brasileiros como o Modernismo, o Realismo e o Romantismo. É importante que os alunos tenham uma compreensão básica desses movimentos para que possam contrastá-los com a Literatura Marginal.
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Situações Problema (4 - 6 minutos): O professor propõe duas situações problema para despertar o interesse dos alunos:
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"Imagine que você é um autor de uma comunidade periférica e gostaria de escrever um livro para expressar a sua realidade. Quais seriam as dificuldades e as características que você exploraria em sua obra?"
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"Se um livro de Literatura Marginal fosse incluído no currículo escolar, como os alunos de uma escola de classe média reagiriam a ele? Como isso poderia mudar a percepção deles sobre a realidade das periferias?"
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Contextualização (2 - 3 minutos): O professor contextualiza a importância do estudo da Literatura Marginal, explicando que este movimento literário surge como uma forma de resistência e expressão das classes marginalizadas. Destaca também a relevância de conhecer as diferentes expressões culturais do país, promovendo o respeito à diversidade e a compreensão das desigualdades sociais.
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Ganhar a Atenção dos Alunos (1 - 2 minutos): Para despertar o interesse dos alunos, o professor pode compartilhar curiosidades e fatos interessantes sobre a Literatura Marginal. Por exemplo:
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"Vocês sabiam que o termo 'Literatura Marginal' foi cunhado por Roberto Piva, um dos principais poetas marginais, em 1971, durante um debate na TV Cultura?"
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"E que a Literatura Marginal ganhou ainda mais visibilidade nos últimos anos, com a popularização de saraus e slams, onde os autores têm a oportunidade de recitar suas obras de forma oral e performática?"
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Desenvolvimento (20 - 25 minutos)
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Atividade "O Poeta Marginal" (10 - 12 minutos): O professor divide a turma em grupos de 5 a 6 alunos. Cada grupo receberá uma série de recortes de jornais e revistas, além de canetas hidrográficas, lápis de cor e cola. A ideia é que os alunos criem seu próprio poema marginal a partir dos recortes de palavras e imagens, expressando suas próprias percepções e sentimentos sobre a realidade marginalizada.
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Passo 1: Os alunos, em seus grupos, devem selecionar os recortes que mais lhes chamam a atenção. Eles podem ser palavras, frases, imagens, desenhos, etc.
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Passo 2: Em seguida, os alunos começam a montar o poema, colando os recortes em uma folha de papel. Eles podem adicionar suas próprias palavras e desenhos, se desejarem.
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Passo 3: Depois de montado, cada grupo deve recitar o seu poema marginal para a classe, explicando a sua criação e as ideias que queriam transmitir.
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Atividade "Dramatizando a Marginalidade" (10 - 12 minutos): Ainda em grupos, os alunos receberão um trecho de uma obra de Literatura Marginal. Eles serão desafiados a criar uma pequena encenação, utilizando apenas gestos, movimentos e expressões faciais para transmitir o significado do texto.
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Passo 1: Cada grupo deve escolher um trecho de uma obra de Literatura Marginal. O professor pode fornecer opções ou os alunos podem pesquisar e escolher livremente.
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Passo 2: Depois de escolhido o trecho, os alunos devem planejar e ensaiar a encenação, pensando em como podem transmitir o significado do texto sem usar palavras.
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Passo 3: Por fim, os grupos apresentam suas encenações para a classe. Após cada apresentação, os outros alunos devem tentar adivinhar qual foi o trecho da obra escolhido.
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Discussão e Reflexão (5 - 6 minutos): Após as atividades, o professor conduz uma discussão em sala de aula, promovendo a reflexão dos alunos sobre o que aprenderam. Algumas perguntas orientadoras podem ser:
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"Como a atividade 'O Poeta Marginal' nos ajudou a entender a criação de poesias marginais?"
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"Quais foram as principais dificuldades encontradas ao criar a encenação do trecho da obra de Literatura Marginal? Como vocês superaram essas dificuldades?"
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"Como a atividade 'Dramatizando a Marginalidade' nos permitiu compreender melhor o significado do texto da Literatura Marginal?"
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O professor deve incentivar os alunos a expressarem suas opiniões e a refletirem sobre as experiências vivenciadas durante as atividades. É importante que os alunos percebam a importância da Literatura Marginal como uma forma de expressão cultural e social, e como ela contribui para o entendimento e a valorização das realidades marginalizadas.
Retorno (10 - 15 minutos)
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Discussão em Grupo (3 - 5 minutos): O professor solicita que cada grupo compartilhe suas conclusões e reflexões sobre as atividades realizadas. Cada grupo terá no máximo 3 minutos para apresentar. Durante as apresentações, o professor deve incentivar a participação de todos os alunos, perguntando sobre o processo de criação do poema e da encenação, as dificuldades encontradas e como eles conseguiram superá-las.
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Conexão com a Teoria (3 - 4 minutos): Após as apresentações, o professor faz a conexão das atividades práticas com a teoria apresentada. Ele ressalta como a Literatura Marginal, com suas características e temáticas específicas, foi expressa nas atividades dos alunos. Além disso, o professor pode reforçar a importância de conhecer e valorizar as diversas expressões culturais, especialmente aquelas que refletem realidades marginalizadas e periféricas.
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Reflexão Individual (2 - 3 minutos): O professor propõe que os alunos reflitam individualmente sobre o que aprenderam na aula. Ele faz perguntas como:
- "Qual foi o conceito mais importante que você aprendeu hoje?"
- "Quais questões ainda não foram respondidas?"
- "Como você pode aplicar o que aprendeu hoje em outras situações?"
Os alunos têm um minuto para pensar sobre essas perguntas. Em seguida, o professor convida alguns alunos para compartilhar suas respostas com a classe, promovendo um breve debate e esclarecendo quaisquer dúvidas remanescentes.
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Feedback Final (2 - 3 minutos): Para encerrar a aula, o professor pede aos alunos que deem um feedback sobre a aula. Ele pode fazer perguntas como:
- "Qual foi a atividade mais interessante ou desafiadora para você?"
- "O que você gostaria de aprender mais sobre a Literatura Marginal?"
O professor deve incentivar os alunos a serem honestos em seu feedback e a expressarem suas opiniões de forma respeitosa. Isso ajudará o professor a entender melhor as necessidades e interesses dos alunos, e a planejar aulas futuras de acordo.
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Tarefa de Casa (1 minuto): Como tarefa de casa, o professor pode pedir aos alunos que pesquisem mais sobre um autor de Literatura Marginal de sua escolha e preparem uma breve apresentação para a próxima aula. Isso ajudará a aprofundar o conhecimento dos alunos sobre o movimento e a diversidade de autores e obras dentro da Literatura Marginal.
Conclusão (5 - 7 minutos)
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Resumo dos Conteúdos (2 - 3 minutos): O professor faz um breve resumo dos principais pontos abordados durante a aula. Ele reforça o conceito de Literatura Marginal como um movimento literário que surge como uma forma de expressão das classes marginalizadas e periféricas. Além disso, destaca as características da Literatura Marginal, como a linguagem coloquial, as temáticas sociais e políticas, e a presença de gírias de origem periférica. O professor também relembra as atividades realizadas e como elas ajudaram a compreender e vivenciar a Literatura Marginal.
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Conexão entre Teoria, Prática e Aplicações (1 - 2 minutos): O professor enfatiza como a aula conectou a teoria, a prática e as aplicações. Ele destaca como as atividades práticas permitiram aos alunos vivenciar a criação de poesias e a dramatização de textos da Literatura Marginal, tornando a teoria mais concreta e aplicável. Além disso, o professor ressalta como a Literatura Marginal, apesar de sua origem marginalizada, tem relevância e influência na sociedade atual, mostrando a importância de conhecer e valorizar essa forma de expressão cultural.
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Materiais Extras (1 minuto): O professor sugere alguns materiais extras para os alunos que desejam aprofundar seu conhecimento sobre a Literatura Marginal. Ele pode indicar livros, poemas, documentários, entrevistas com autores e críticas literárias. Alguns exemplos de materiais extras podem ser "Cidade de Deus", de Paulo Lins; "Roteiro para um Desastre", de Ferréz; "Poemas de um marginal", de Roberto Piva; e o documentário "Poesia é da hora".
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Importância do Assunto (1 - 2 minutos): Para concluir, o professor ressalta a importância do estudo da Literatura Marginal. Ele explica que, além de ser uma forma de expressão cultural e literária, a Literatura Marginal é uma ferramenta de resistência e luta contra as desigualdades sociais e culturais. O professor enfatiza que conhecer e valorizar a Literatura Marginal contribui para a formação de cidadãos mais críticos, conscientes e respeitosos com a diversidade cultural brasileira.
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Encerramento (1 minuto): Por fim, o professor agradece a participação dos alunos, reforça a importância do estudo constante e da reflexão crítica, e os convida para a próxima aula, onde continuarão a explorar a riqueza e a diversidade da literatura brasileira.