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Resumo de EUA e América Latina: Relações Internacionais

História

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EUA e América Latina: Relações Internacionais

EUA e América Latina: Relações Internacionais | Resumo Tradicional

Contextualização

As relações internacionais entre os Estados Unidos e a América Latina têm uma longa história que remonta ao século XIX. Desde a proclamação da Doutrina Monroe em 1823, os EUA buscaram exercer influência sobre os países latino-americanos, tanto política quanto economicamente. A Doutrina Monroe estabelecia que as Américas deveriam ser livres da colonização europeia e que qualquer tentativa de intervenção por parte das potências europeias seria vista como uma ameaça aos EUA. No entanto, ao longo dos séculos XIX e XX, essa política foi utilizada pelos EUA para justificar suas próprias intervenções na América Latina, sob o pretexto de proteger a região de influências externas.

Essa influência se manifestou de diferentes maneiras ao longo do tempo, incluindo intervenções militares, apoio a governos aliados e a promoção de políticas econômicas. Durante a Guerra Fria, a América Latina se tornou um campo de batalha ideológico entre o capitalismo, representado pelos EUA, e o comunismo, representado pela União Soviética. Nesse contexto, os EUA realizaram várias intervenções militares e apoiaram regimes autoritários que se alinhavam com seus interesses. Além disso, a dependência econômica dos países latino-americanos em relação aos EUA agravou-se, impactando o desenvolvimento econômico e social da região.

Doutrina Monroe e suas Implicações

A Doutrina Monroe foi proclamada pelo presidente dos EUA, James Monroe, em 1823. Ela estabelecia que as Américas deveriam ser livres da colonização europeia e que qualquer tentativa de intervenção por parte das potências europeias seria vista como uma ameaça aos EUA. Essa doutrina teve como objetivo principal proteger os recém-independentes países latino-americanos de novas tentativas de colonização por parte das potências europeias.

Ao longo dos séculos XIX e XX, a Doutrina Monroe foi reinterpretada e utilizada pelos EUA para justificar suas próprias intervenções na América Latina. Sob o pretexto de proteger a região de influências externas, os EUA realizaram diversas intervenções militares e políticas em países latino-americanos. Essas intervenções foram muitas vezes motivadas por interesses econômicos e estratégicos dos EUA na região.

A Doutrina Monroe também serviu como base para outras políticas dos EUA na América Latina, como a Política do Big Stick e a Doutrina do Destino Manifesto. Essas políticas reforçaram a ideia de que os EUA tinham o direito e o dever de intervir nos assuntos dos países latino-americanos para proteger seus interesses e promover a estabilidade na região.

  • Proclamada em 1823 pelo presidente James Monroe.

  • Estabelecia que as Américas deveriam ser livres da colonização europeia.

  • Utilizada pelos EUA para justificar intervenções na América Latina.

Intervenções Militares e Políticas dos EUA

Ao longo dos séculos XIX e XX, os EUA realizaram diversas intervenções militares e políticas em países latino-americanos. Essas intervenções foram motivadas por uma combinação de fatores, incluindo interesses econômicos e estratégicos, bem como o desejo de conter a influência de outras potências na região. Exemplos notórios incluem a invasão da Baía dos Porcos em Cuba (1961), a intervenção na Nicarágua (anos 1980) e a invasão do Panamá (1989).

A invasão da Baía dos Porcos foi uma tentativa fracassada de derrubar o governo de Fidel Castro em Cuba. Apoiada pelos EUA, a invasão resultou no fortalecimento do regime castrista e no aumento das tensões durante a Guerra Fria. A intervenção na Nicarágua, por sua vez, envolveu o apoio dos EUA aos Contras, um grupo rebelde que lutava contra o governo sandinista. Essa intervenção teve consequências devastadoras para a Nicarágua, incluindo a morte de milhares de pessoas.

A invasão do Panamá em 1989 teve como objetivo depor o líder Manuel Noriega, acusado de tráfico de drogas. A intervenção resultou em significativa destruição e perda de vidas, mas também levou à captura de Noriega e a uma transição para um governo mais democrático no Panamá. Esses exemplos ilustram as complexas motivações e consequências das intervenções dos EUA na América Latina.

  • Invasão da Baía dos Porcos em Cuba (1961).

  • Intervenção na Nicarágua (anos 1980).

  • Invasão do Panamá (1989).

Políticas Econômicas e Dependência

Os EUA influenciaram as economias latino-americanas através de diversas políticas econômicas, como a Aliança para o Progresso e os acordos de livre comércio. Essas políticas eram frequentemente apresentadas como iniciativas para promover o desenvolvimento econômico e social na região, mas muitas vezes resultaram em uma dependência econômica dos países latino-americanos em relação aos EUA.

A Aliança para o Progresso, lançada pelo presidente John F. Kennedy em 1961, foi um programa de ajuda econômica e técnica destinado a promover o desenvolvimento na América Latina. Embora tenha tido alguns sucessos, o programa também enfrentou críticas por perpetuar a dependência econômica e por não abordar adequadamente as desigualdades sociais e econômicas na região.

Os acordos de livre comércio, como o NAFTA (Acordo de Livre Comércio da América do Norte), também tiveram um impacto significativo nas economias latino-americanas. Esses acordos facilitaram o comércio entre os EUA e os países latino-americanos, mas também aumentaram a dependência dos países latino-americanos em relação às exportações para os EUA. Essa dependência limitou a capacidade desses países de desenvolverem economias autônomas e sustentáveis.

  • Aliança para o Progresso lançada em 1961.

  • Acordos de livre comércio como o NAFTA.

  • Dependência econômica dos países latino-americanos em relação aos EUA.

Parcerias e Cooperação

Apesar das intervenções e das políticas de dependência, também houve exemplos de parcerias cooperativas entre os EUA e a América Latina. Essas parcerias foram estabelecidas com o objetivo de promover o desenvolvimento econômico e melhorar as relações bilaterais. Um exemplo notável é o NAFTA (Acordo de Livre Comércio da América do Norte), que foi assinado em 1994 entre os EUA, Canadá e México.

O NAFTA facilitou o comércio e o investimento entre os três países, criando uma das maiores zonas de livre comércio do mundo. Embora tenha gerado benefícios econômicos significativos, como o aumento das exportações e a criação de empregos, também enfrentou críticas por exacerbar as desigualdades econômicas e sociais, especialmente no México.

Além do NAFTA, outras iniciativas de cooperação regional foram estabelecidas para enfrentar desafios comuns, como o tráfico de drogas e a proteção ambiental. Esses esforços demonstram que, apesar das tensões e conflitos, a cooperação entre os EUA e a América Latina é possível e pode trazer benefícios mútuos.

  • NAFTA assinado em 1994.

  • Facilitou o comércio e investimento entre EUA, Canadá e México.

  • Outras iniciativas de cooperação regional para enfrentar desafios comuns.

Para não esquecer

  • Doutrina Monroe: Política dos EUA proclamada em 1823 que estabelecia que as Américas deveriam ser livres da colonização europeia.

  • Invasão da Baía dos Porcos: Tentativa fracassada de derrubar o governo de Fidel Castro em Cuba em 1961.

  • Intervenção na Nicarágua: Apoio dos EUA aos Contras que lutavam contra o governo sandinista nos anos 1980.

  • Invasão do Panamá: Intervenção dos EUA em 1989 para depor o líder Manuel Noriega.

  • Aliança para o Progresso: Programa de ajuda econômica e técnica lançado em 1961 para promover o desenvolvimento na América Latina.

  • NAFTA: Acordo de Livre Comércio da América do Norte assinado em 1994 entre EUA, Canadá e México.

Conclusão

As relações entre os EUA e a América Latina são complexas e multifacetadas, marcadas por uma longa história de intervenções políticas e militares, bem como por políticas econômicas que fomentaram a dependência econômica na região. A Doutrina Monroe, proclamada em 1823, desempenhou um papel importante ao justificar a intervenção dos EUA nos assuntos latino-americanos sob o pretexto de proteger a região de influências externas. Exemplos notórios dessas intervenções incluem a invasão da Baía dos Porcos em Cuba e a invasão do Panamá. Além disso, políticas econômicas como a Aliança para o Progresso e o NAFTA demonstraram como os EUA influenciaram o desenvolvimento econômico dos países latino-americanos, muitas vezes perpetuando uma dependência econômica que limitou o crescimento autônomo da região.

A análise das intervenções militares e das políticas econômicas dos EUA na América Latina revela a complexidade das relações internacionais e as dinâmicas de poder que moldaram a região. Embora as intervenções dos EUA tenham sido frequentemente justificadas como medidas para promover a estabilidade e o desenvolvimento, suas consequências muitas vezes resultaram em destruição, perda de vidas e uma dependência econômica que dificultou o progresso sustentável dos países latino-americanos. No entanto, também houve exemplos de cooperação e parcerias, como o NAFTA, que demonstram a possibilidade de benefícios mútuos entre os EUA e a América Latina.

Estudar as relações entre os EUA e a América Latina é fundamental para compreender as dinâmicas de poder e dependência que ainda afetam a região hoje. Esse conhecimento é essencial para entender questões atuais de política internacional, economia e geopolítica. Incentivamos os alunos a explorarem mais sobre o assunto, aprofundando seu entendimento sobre como esses eventos históricos continuam a influenciar o cenário global contemporâneo.

Dicas de Estudo

  • Revise os materiais complementares sobre a Doutrina Monroe e a história das intervenções dos EUA na América Latina para uma compreensão mais profunda do contexto histórico.

  • Assista a documentários e vídeos curtos sobre as principais intervenções militares e políticas econômicas discutidas em aula para visualizar os eventos e suas consequências.

  • Leia artigos e livros sobre as parcerias cooperativas entre os EUA e a América Latina, como o NAFTA, para entender os aspectos positivos e negativos dessas colaborações.

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