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Resumo de Brasil Governo Cívico-Militar: Figueiredo

História

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Brasil Governo Cívico-Militar: Figueiredo

Brasil Governo Cívico-Militar: Figueiredo | Resumo Tradicional

Contextualização

O governo de João Figueiredo, que se estendeu de 1979 a 1985, marcou o final do regime cívico-militar no Brasil, um período que começou em 1964 com a deposição do presidente João Goulart. Durante esses anos, o país foi governado por uma série de presidentes militares que implementaram políticas autoritárias, censura e repressão política. Figueiredo, o último desses presidentes, enfrentou uma crise econômica severa, caracterizada por alta inflação, desemprego crescente e endividamento externo, o que gerou descontentamento generalizado na população e dificuldades na governabilidade.

Além da crise econômica, o governo de Figueiredo foi marcado pela reabertura política do Brasil. Dois eventos cruciais nesse processo foram a promulgação da Lei da Anistia em 1979, que permitiu o retorno de exilados políticos e a libertação de presos políticos, e o movimento Diretas Já, que mobilizou a sociedade civil em favor de eleições diretas para presidente. Essas iniciativas foram fundamentais para a transição democrática do país, culminando na redemocratização em 1985.

Contexto Econômico

Durante o governo de João Figueiredo, o Brasil enfrentou uma crise econômica severa. A alta inflação corroía o poder de compra da população, o que gerava um impacto negativo no consumo e na qualidade de vida dos brasileiros. Além disso, o desemprego crescente aumentava a insatisfação social e dificultava ainda mais a governabilidade. O endividamento externo também foi um grande problema, pois limitava a capacidade do governo de investir em políticas públicas e de fomentar o crescimento econômico.

A crise do petróleo nos anos 1970 desempenhou um papel significativo na deterioração da economia brasileira. O aumento dos preços do petróleo elevou os custos de importação e pressionou a balança comercial do país. As políticas econômicas adotadas pelos governos anteriores, que estavam baseadas em empréstimos externos e em um modelo de desenvolvimento dependente de capital estrangeiro, também contribuíram para o cenário de crise.

Figueiredo tentou implementar diversas medidas para contornar a crise, incluindo negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e reformas econômicas. No entanto, essas tentativas muitas vezes resultaram em medidas de austeridade que aprofundaram o descontentamento popular. A crise econômica foi um dos principais fatores que levaram à crescente pressão por mudanças políticas e pela abertura democrática.

  • Alta inflação corroía o poder de compra.

  • Desemprego crescente aumentava a insatisfação social.

  • Endividamento externo limitava investimentos públicos.

  • Crise do petróleo nos anos 1970 agravou a situação econômica.

  • Políticas de austeridade muitas vezes aumentaram o descontentamento popular.

Reabertura Política

O governo de João Figueiredo foi um período crucial para a reabertura política do Brasil. A Lei da Anistia, promulgada em 1979, foi um dos primeiros passos significativos nesse processo. Essa lei permitiu o retorno de exilados políticos e a libertação de presos políticos, sinalizando uma mudança na postura do governo em relação à oposição. A Lei da Anistia foi controversa, pois também perdoava crimes cometidos por agentes do Estado durante a ditadura.

A criação de novos partidos políticos foi outro marco importante da reabertura política. A Lei Orgânica dos Partidos Políticos, aprovada em 1979, permitiu a formação de novas agremiações políticas, rompendo com o bipartidarismo imposto pelo regime militar. Isso possibilitou uma maior diversidade de representações e o surgimento de novas lideranças políticas que seriam fundamentais para a transição democrática.

O movimento Diretas Já, que ocorreu entre 1983 e 1984, foi uma das manifestações mais significativas da sociedade civil em favor de eleições diretas para presidente. Embora a Emenda Dante de Oliveira, que propunha eleições diretas, não tenha sido aprovada, o movimento mobilizou milhões de brasileiros e pressionou o governo, pavimentando o caminho para a redemocratização do país em 1985.

  • Lei da Anistia de 1979 permitiu o retorno de exilados e libertação de presos políticos.

  • Criação de novos partidos políticos rompeu com o bipartidarismo.

  • Movimento Diretas Já mobilizou a sociedade civil em favor de eleições diretas.

  • A reabertura política foi fundamental para a transição democrática.

Políticas e Medidas do Governo Figueiredo

João Figueiredo adotou várias políticas e medidas para tentar contornar a crise econômica e promover a abertura política. Uma das principais iniciativas foi a tentativa de reforma econômica, que incluiu negociações com o FMI. Essas negociações resultaram em empréstimos condicionados a medidas de austeridade, como cortes nos gastos públicos e controle da inflação. No entanto, essas medidas muitas vezes resultaram em maior descontentamento popular devido ao impacto negativo na qualidade de vida da população.

A política de segurança nacional também foi uma preocupação central do governo Figueiredo. Embora houvesse uma abertura política gradual, o governo ainda mantinha um aparato de repressão para controlar a oposição. As forças de segurança continuavam a monitorar e reprimir movimentos sociais e políticos que eram vistos como uma ameaça à estabilidade do regime.

Figueiredo também promoveu algumas reformas institucionais para facilitar a transição democrática. A reforma partidária de 1979, por exemplo, permitiu o surgimento de novos partidos políticos, rompendo com o bipartidarismo. Além disso, o governo iniciou um processo de abertura gradual, que culminou com a eleição indireta de Tancredo Neves em 1985, marcando o fim do regime militar e o início da redemocratização.

  • Tentativas de reforma econômica incluíram negociações com o FMI.

  • Medidas de austeridade resultaram em maior descontentamento popular.

  • Política de segurança nacional continuou a reprimir movimentos sociais.

  • Reformas institucionais facilitaram a transição democrática.

Impacto na Sociedade

A crise econômica teve um impacto profundo na sociedade brasileira durante o governo de João Figueiredo. A alta inflação e o desemprego afetaram diretamente a vida cotidiana da população, reduzindo o poder de compra e aumentando a pobreza. A insatisfação com a situação econômica contribuiu para a crescente mobilização social e política, que pressionava por mudanças e pela abertura democrática.

O movimento Diretas Já é um exemplo claro de como a sociedade civil se mobilizou em resposta às dificuldades econômicas e políticas. Com a participação de milhões de brasileiros, o movimento uniu diferentes setores da sociedade em torno da luta por eleições diretas para presidente. Essa mobilização popular foi crucial para o processo de redemocratização e demonstrou a importância da participação cidadã na política.

A reabertura política também teve um impacto significativo na sociedade, permitindo uma maior liberdade de expressão e organização. A Lei da Anistia, a criação de novos partidos políticos e as manifestações populares contribuíram para a construção de uma sociedade mais democrática e pluralista. Esses eventos mostraram que, mesmo em tempos de crise, a mobilização social e a pressão política podem resultar em mudanças significativas.

  • Crise econômica afetou diretamente a vida cotidiana da população.

  • Movimento Diretas Já mobilizou milhões de brasileiros em favor de eleições diretas.

  • Reabertura política permitiu maior liberdade de expressão e organização.

  • Participação cidadã foi crucial para o processo de redemocratização.

Para não esquecer

  • Alta inflação: Aumento generalizado dos preços, que reduz o poder de compra da população.

  • Desemprego crescente: Aumento do número de pessoas sem emprego, que gera insatisfação social.

  • Endividamento externo: Dívidas contraídas com credores internacionais, que limitam a capacidade de investimento do governo.

  • Lei da Anistia: Lei promulgada em 1979 que permitiu o retorno de exilados políticos e a libertação de presos políticos.

  • Diretas Já: Movimento popular que exigia eleições diretas para presidente, mobilizando milhões de brasileiros.

  • Reformas institucionais: Mudanças nas estruturas políticas e legais para facilitar a transição democrática.

  • Política de segurança nacional: Medidas adotadas pelo governo para controlar a oposição e manter a estabilidade do regime.

  • Negociações com o FMI: Discussões com o Fundo Monetário Internacional para obter empréstimos condicionados a medidas de austeridade.

Conclusão

O governo de João Figueiredo foi um período crucial na história do Brasil, marcado pela crise econômica e pela reabertura política. A alta inflação, o desemprego crescente e o endividamento externo foram desafios significativos que afetaram a vida cotidiana da população e aumentaram a insatisfação social. A reabertura política, com a promulgação da Lei da Anistia e o movimento Diretas Já, foram passos fundamentais para a transição democrática do país, culminando na redemocratização em 1985.

As políticas e medidas adotadas por Figueiredo, como as negociações com o FMI e as reformas institucionais, visavam contornar a crise econômica e promover a abertura política. No entanto, essas medidas muitas vezes resultaram em maior descontentamento popular devido ao impacto negativo na qualidade de vida da população. A política de segurança nacional ainda mantinha um aparato de repressão, controlando a oposição e monitorando movimentos sociais.

O impacto na sociedade foi profundo, com a crise econômica afetando diretamente o poder de compra e a qualidade de vida dos brasileiros. A mobilização social, exemplificada pelo movimento Diretas Já, foi crucial para a redemocratização e demonstrou a importância da participação cidadã na política. A reabertura política permitiu maior liberdade de expressão e organização, contribuindo para a construção de uma sociedade mais democrática e pluralista.

Dicas de Estudo

  • Revise os principais eventos e políticas do governo de João Figueiredo, como a Lei da Anistia e o movimento Diretas Já, para entender melhor a transição democrática.

  • Estude a crise econômica do período, focando nos fatores que contribuíram para a alta inflação, o desemprego e o endividamento externo, e como isso impactou a população.

  • Pesquise sobre as reformas institucionais e as negociações com o FMI para compreender as tentativas de contornar a crise econômica e as medidas de austeridade adotadas.

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