A Crônica como Gênero Híbrido; Condições de Produção e Subjetividade; Mecanismos de Coesão Textual; Análise da Crônica 'História de um Olhar'; Produção e Revisão de Crônicas

A Crônica: Cotidiano e Reflexão

A Crônica: Cotidiano e Reflexão

Explorando a crônica e seus mecanismos de coesão textual.

Sumário

• A Crônica como Gênero Híbrido

• Condições de Produção e Subjetividade

• Mecanismos de Coesão Textual

• Análise da Crônica 'História de um Olhar'

• Produção e Revisão de Crônicas

"História de um Olhar"

A crônica "História de um Olhar", de Eliane Brum, transcende o cotidiano ao abordar a dignidade humana. Ela explora a empatia como força transformadora, como na interação da autora com um morador de rua. Este texto sensível será o ponto de partida para nossa análise linguística.

Preservando memórias: crônica, empatia e dignidade humana.

A Crônica: Cotidiano e Reflexão

A crônica é um gênero híbrido, situada na fronteira entre o jornalismo e a literatura, que eleva o trivial do dia a dia a um patamar de reflexão. Ela transforma observações cotidianas, como uma conversa no café ou a espera por um ônibus, em matéria para análise profunda. Assim, convida o leitor a enxergar o ordinário com um novo olhar, muitas vezes crítico ou poético.

Crônica: o trivial do dia a dia em reflexão literária.

Condições de Produção

As condições de produção moldam a crônica: o público amplo e o veículo (como a Folha de S.Paulo ou O Globo) exigem linguagem acessível e brevidade. A subjetividade é intrínseca ao gênero, permitindo ao cronista, como Eliane Brum, expressar seu olhar particular sobre o cotidiano. Essa intersecção define a estrutura e o estilo do texto.

Produção da crônica: público, veículo, subjetividade e intertextualidade.

Coesão: Ligando Ideias

• Conexão lógica e semântica entre as partes do texto.

• Coesão nominal: Retoma substantivos e grupos nominais. Ex: "a autora".

• Coesão verbal: Articula verbos e ações. Ex: "observou e escreveu".

• Essencial para fluidez, clareza e progressão temática da crônica.

Referência e Elipse

Na crônica, referência e elipse garantem coesão e fluidez. A referência, pronominal ("ela") ou lexical ("a figura"), retoma termos, evitando repetições. A elipse omite palavras subentendidas, como em "O olhar [dela] era profundo", mantendo a clareza. Em "História de um olhar", de Eliane Brum, esses recursos são vitais, mesmo com a repetição enfática do termo "olhar".

Referência e elipse: coesão e fluidez na crônica.

Coesão Nominal em Brum

Na crônica de Eliane Brum, a coesão nominal é crucial. A autora evita repetição excessiva de 'Israel Pires' utilizando pronomes como 'ele', sinônimos como 'o rapaz' ou 'o enjeitado'. Expressões como 'a escória da escória' e 'um homem' também mantêm a referência, enriquecendo o texto.

Coesão nominal: Eliane Brum usa pronomes e sinônimos.

A Crônica: Cotidiano e Reflexão

A Crônica como Gênero Híbrido; Condições de Produção e Subjetividade; Mecanismos de Coesão Textual; Análise da Crônica 'História de um Olhar'; Produção e Revisão de Crônicas

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